Contrato de safra: MPT busca resolver impasse entre trabalhadores e usina

 28/03/2011

Maceió (AL), 28/03/2011 – Mais uma paralisação de cortadores de cana, desta vez ligados à Usina Santa Clotilde, localizada no Município de Rio Largo, na grande Maceió, levou o Ministério Público do Trabalho a realizar audiência, na sexta-feira (25), para tentar mediar mais um impasse sobre o contrato de safra. Os trabalhadores não aceitam as novas regras sem alguma compensação que ajude no período da entressafra. Eles alegam que sem o seguro-desemprego fica difícil sustentar a família.

Durante a audiência, os trabalhadores explicaram para a procuradora do Trabalho Virgínia Ferreira que o protesto realizado na quinta-feira (24), em frente ao parque industrial da usina, foi para mostrar a insatisfação da categoria com o novo contrato. Eles alegaram que a empresa não explicou quais as consequências da nova forma de contratação e eles assinaram o contrato de safra desavisados.

A procuradora Virgínia Ferreira explicou que as usinas estão agindo dentro da lei, ao adotarem o contrato de safra. Informou ainda que o seguro-desemprego não tem a finalidade, como acreditam os trabalhadores, de complementar a renda durante a entressafra.

Virgínia Ferreira disse que, a partir do próximo mês de maio, o MPT vai se reunir com representantes dos trabalhadores rurais, secretarias do governo estadual, Ministério do Trabalho e Emprego, Gerenciamento de Crise da Polícia Militar de Alagoas e representantes das usinas. A finalidade é discutir os problemas sociais enfrentados pelos cortadores de cana e buscar formas de compensação aos trabalhadores durante o período da entressafra.

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