Democratização da mídia: imprensa alternativa e comunicação comunitária

 29/03/2006

Na década de 70, os jornais alternativos serviram como espaço de resistência e expressão contra um regime que sufocava os sonhos, idéias e projetos de jornalistas, intelectuais e artistas. Nos anos 80, porém, a reorganização democrática no Brasil, de um lado, e a crise da esquerda com a queda do socialismo real, significaram um momento de retração da imprensa alternativa do país. A rearticulação dos partidos de esquerda, movimentos sociais e ONGs através do Fórum Social Mundial na década de 90 permitiu a criação e ampliação de novos espaços de mídia alternativa em todo mundo, viabilizados também pela internet. Nesse encontro, mostraremos esse lado pouco conhecido da imprensa brasileira.

Também falaremos de uma outra faceta da democratização da mídia: a comunicação comunitária. Cada vez mais, comunidades sem voz na mídia tem se organizado para criar veículos de comunicação que mostrem sua realidade e exponham suas idéias e reivindicações. Mas como estes meios alternativos são feitos? Qual a sua estrutura? Com que recursos eles contam para se manter? Qual o envolvimento da comunidade? Além de conhecer um pouco da história da comunicação comunitária, o público entrará em contato com experiências na área, através do depoimento de pessoas envolvidas em projetos de rádio, fanzine, internet e televisão na periferia de São Paulo.

Indicações de leitura
KUCINSKI, Bernardo. Jornalismo na Era Virtual. Capítulo 4, “A Revolução Antiindustrial da Internet”, p. 71 a 86. São Paulo, Perseu Abramo/Unesp, 2005.

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