do enviado especial à Arapoaema, Tocantins, Brasil
"Visivelmente tenso e nervoso, o gerente aceita apesar de tudo cooperar. No caminho para o alojamento, um cadáver de vaca. Abatida na véspera pois estava doente, explica um trabalhador rural. Depois de percorrer muitos quilômetros de carro, a equipe acaba à pé, na lama, e chegamos ao acampamento: três sumários abrigos feitos de pedaços de pau e uma lona plástica. Não existe banheiro, nem água potável. Apenas um riacho insalubre, usado para limpeza, higiene pessoal, e consumo humano. Duas bacias, cobertas de moscas, estão cheias de carne da vaca doente. Dezesseis trabalhadores safristas vivem aqui. Contratados para limpar o terreno, eles são pagos por empreita e ganham 210 reais (o equivalente à 80 euros) por mês, o que não chega a um salário mínimo (350 reais, ou 135 euros). Na verdade, eles receberam apenas uma pequena parte do pagamento, que nem chega a metade. Alguns estão aí há meses, com suas famílias."
Clique para ver o restante da matéria, na versão original (francês)