Flávia Castro
Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Policiais federais, acompanhados de auditores fiscais da Delegacia Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (DRT/RJ) libertaram hoje (18) 50 pessoas em condições análogas a trabalho escravo no bairro de Bangu, na zona oeste da cidade. Os trabalhadores, entre eles quatro adolescentes, estavam alojados em três casas na favela do Catiri, em péssimas condições de higiene.

O chefe da fiscalização da DRT, Guilherme Moreira, informou que os trabalhadores foram recrutados na cidade de São Bento, a 500 quilômetros de João Pessoa, na Paraíba, pela Tecelagem Vitória, que tem sede na rua Alexandre Cardoso Silva. Nenhum deles tinha carteira profissional assinada, e estavam em dívida com a tecelagem, devido aos custos das passagens da Paraíba para o Rio de Janeiro.

Guilherme Moreira revelou que os homens iriam trabalhar no comércio de venda de redes e mantas nas ruas da cidade, ganhando um pequeno percentual por cada produto vendido.

A ação da DRT foi deflagrada depois de uma denúncia feita à Comissão de Combate ao Trabalho Escravo da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Cerca de 16 agentes federais participaram da operação. Ninguém foi preso.