Piauí qualifica professores para combater trabalho escravo

 25/03/2007

Governo do Piauí é o único que adotou programa de capacitação de professores para combater o trabalho escravo de forma preventiva, doz OIT

A coordenadora nacional do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Patrícia Audi, afirmou, em entrevista exclusiva ao Jornal Meio Norte, que o Governo do Estado é o único do país que apoiou o Projeto Escravo Nem Pensar, que qualifica os professores da rede pública de ensino e dos Programas de Alfabetização e de Jovens e Adultos contra o trabalho escravo. Ela disse que está bastante feliz em relação à receptividade e o empenho do governador Wellington Dias, do Governo do Estado e do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo em relação à essa questão. "O Governo do Piauí é o único governo do país a apoiar o Projeto Escravo Nem Pensar, de capacitação de professores exatamente de maneira preventiva e abriu todas as portas para todas as sugestões que a OIT e o Conselho Estadual fizeram em relação à medidas de prevenção em relação ao trabalho escravo. Embora me preocupe muito ainda os números, eu fico bastante feliz em ver que existe um governo empenhado em resolver essa questão", falou Patrícia Audi.

Meio Norte – Quais as preocupação da OIT (Organização Internacional do Trabalho) em relação ao uso de mão-de-obra do Piauí no trabalho escravo?
Patrícia Audi – Me preocupa bastante, mas ao mesmo tempo me sinto bastante feliz quanto à receptividade do Estado e do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo e o empenho de todos esses órgãos com relação à essa questão. O Governo do Piauí é o único governo do país a apoiar o Projeto Escravo Nem Pensar, de capacitação de professores exatamente de maneira preventiva e abriu todas as portas para todas as sugestões que a OIT e o Conselho Estadual fizeram em relação à medidas de prevenção em relação ao trabalho escravo. Embora me preocupe muito ainda os números, eu fico bastante feliz em ver que existe um governo empenhado em resolver essa questão.

Meio Norte – O Piauí continua em segundo lugar no Brasil em trabalho escravo?
Patrícia Audi – De exportador de mão-de-obra de escravo.

Meio Norte – Existem casos de trabalho escravo nos Cerrados do Piauí?
Patrícia Audi – Eu ainda desconheço, não tenho conhecimento.

Meio Norte – Como a sra. vê o trabalho infantil?
Patrícia Audi – Eu sou coordenadora nacional dos Projetos de Combate ao Trabalho Escravo. O que nós sabemos é que 85% dos trabalhadores resgatados em situação de escravidão começaram a trabalhar antes de 12 anos de idade, o que vincula diretamente a falta de opção gerada pelo trabalho infantil às questões de vulnerabilidade com relação ao trabalho escravo.

Meio Norte – Quais as medidas de prevenção contra o trabalho escravo que devem ser tomadas?
Patrícia Audi – O pacto federativo contra o trabalho escravo seria de fundamental importância que todos os Estados se comprometessem; o fortalecimento e o implementação dos Planos e Fóruns Estaduais; o fortalecimento do combate principalmente naqueles municípios já identificados como de aliciamento onde são desenvolvidos programas de assentamento e de educação para jovens e adultos como o Escravo, nem pensar.

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