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Escravidão do século XXI

O nome é escravidão do século XXI. É o tráfico de seres humanos e está acontecendo aqui e agora ao nosso lado, diz a irmã Cecelia Hudec, da pastoral operária de St. Joseph da cidade canadense de Richmond. Hudec está organizando um fórum público (Tráfico Humano – Por quê?) a partir desta sexta-feira para dar destaque à importãncia do problema, para discutir questões relacionadas ao tráfico de mulheres e de crianças em British Columbia, e para esclarecer os aspectos legais e as implicações acerca do tema. "Todo o meu esforço é para que haja justiça e há coisa mais injusta que um ser humano que trafica outro?", indaga. "Esse tema diz respeito a todo mundo e nós precisamos saber como nós, pessoas comuns, podemos ajudar a polícia", complementa a irmã Hudec, que se dedica há quatro anos ao estudo da temática e a iniciativas de educação popular. De acordo com as pesquisas dela, as vítimas mais freqüentes no canadá são mulheres e crianças. "Mulheres tendem a ser detidas ilegalmente por propósitos sexuais. Elas têm os passaportes confiscados (pelos seus raptadores), são levadas a um centro (um bordel ou uma casa de massagem) e acabam presas e impedidas de sair. São literalmente prisioneiras", relata. "Homens e crianças também são vítimas de tráfico como trabalhadores rurais e em empresas manufatureiras de pequeno porte". Não é um problema novo. O Richmond News publicou casos desse tipo inúmeras vezes desde 2004. Foi quando quatro coreanas foram presas numa casa de prostituição numa bitz da polícia municipal. Os policiais encontraram evidências de exploração ilegal de atividade sexual, mas não consideraram as mulheres como vítimas de tráfico humano. Disseram que elas moravam juntas num apartamento numa cidade vizinha e foram de carro até Richmond. Não houve multas e todas as quatro foram deportadas de volta para a Coréia. Em outra blitz policial em diversas casas de massagem em dezembro de 2006, Deanna Okun-Nachoff, porta-voz de um comitê Comitê de Direitos Humanos  questionou a idéia de que as mulheres, por terem vistos canadenses, não eram vítimas. "O fato de que as mulheres não são imigrantes ilegais no Canadá não quer dizer que elas não eram vítimas. Elas podem ser vítimas de tráfico dentro do Canadá", disse a porta-voz na ocasião. "A questão não é de onde essas mulheres vieram, mas de que forma elas estão sendo exploradas – fronteiras simplesmente não importam". " É difícil provar se as vítimas foram ou não exploradas quando elas não querem falar, diz o policial Lou Berube, um dos palestrantes do fórum organizado pela irmã Cecelia Hudec. "Nosso principal desafio, quando lidamos com as vítimas, é ganhar a confiança delas e fazer com que elas possam cooperar testemunhando contra os traficantes", afirma Berube, coordenador do programa de tráfico de seres humanos da polícia local. "Estamos encontrando dificuldades porque as vítimas tê medo e os traficantes são poderosos.´Não é fácil identificar vítimas porque essa questão é relativamente nova para ser rastreada pela lei e pela sociedade". 11/03/2008 Michelle Hopkins Clique aqui para ver a continuação desta reportagem (em Inglês)

O nome é escravidão do século XXI. É o tráfico de seres humanos e está acontecendo aqui e agora ao nosso lado, diz a irmã Cecelia Hudec, da pastoral operária de St. Joseph da cidade canadense de Richmond.

Hudec está organizando um fórum público (Tráfico Humano – Por quê?) a partir desta sexta-feira para dar destaque à importãncia do problema, para discutir questões relacionadas ao tráfico de mulheres e de crianças em British Columbia, e para esclarecer os aspectos legais e as implicações acerca do tema.
 
"Todo o meu esforço é para que haja justiça e há coisa mais injusta que um ser humano que trafica outro?", indaga. "Esse tema diz respeito a todo mundo e nós precisamos saber como nós, pessoas comuns, podemos ajudar a polícia", complementa a irmã Hudec, que se dedica há quatro anos ao estudo da temática e a iniciativas de educação popular.

De acordo com as pesquisas dela, as vítimas mais freqüentes no canadá são mulheres e crianças.

"Mulheres tendem a ser detidas ilegalmente por propósitos sexuais. Elas têm os passaportes confiscados (pelos seus raptadores), são levadas a um centro (um bordel ou uma casa de massagem) e acabam presas e impedidas de sair. São literalmente prisioneiras", relata. "Homens e crianças também são vítimas de tráfico como trabalhadores rurais e em empresas manufatureiras de pequeno porte".

Não é um problema novo.

O Richmond News publicou casos desse tipo inúmeras vezes desde 2004. Foi quando quatro coreanas foram presas numa casa de prostituição numa bitz da polícia municipal.

Os policiais encontraram evidências de exploração ilegal de atividade sexual, mas não consideraram as mulheres como vítimas de tráfico humano. Disseram que elas moravam juntas num apartamento numa cidade vizinha e foram de carro até Richmond.

Não houve multas e todas as quatro foram deportadas de volta para a Coréia.

Em outra blitz policial em diversas casas de massagem em dezembro de 2006, Deanna Okun-Nachoff, porta-voz de um comitê Comitê de Direitos Humanos  questionou a idéia de que as mulheres, por terem vistos canadenses, não eram vítimas.

"O fato de que as mulheres não são imigrantes ilegais no Canadá não quer dizer que elas não eram vítimas. Elas podem ser vítimas de tráfico dentro do Canadá", disse a porta-voz na ocasião. "A questão não é de onde essas mulheres vieram, mas de que forma elas estão sendo exploradas – fronteiras simplesmente não importam". "

É difícil provar se as vítimas foram ou não exploradas quando elas não querem falar, diz o policial Lou Berube, um dos palestrantes do fórum organizado pela irmã Cecelia Hudec.

"Nosso principal desafio, quando lidamos com as vítimas, é ganhar a confiança delas e fazer com que elas possam cooperar testemunhando contra os traficantes", afirma Berube, coordenador do programa de tráfico de seres humanos da polícia local. "Estamos encontrando dificuldades porque as vítimas tê medo e os traficantes são poderosos.´Não é fácil identificar vítimas porque essa questão é relativamente nova para ser rastreada pela lei e pela sociedade".

11/03/2008

Michelle Hopkins

Clique aqui para ver a continuação desta reportagem (em Inglês)


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