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Nota de esclarecimento

Os organizadores do Encontro Xingu Vivo para Sempre que teve início dia 19 de maio em Altamira, Pará, vêm a público esclarecer o seguinte: 1- O episódio envolvendo o representante da Eletrobrás foi um fato lamentável, porém isolado e acidental. 2- A organização do evento não tem como se responsabilizar pelo comportamento dos que se sentiram atingidos no decorrer das exposições e debates. 3- A comissão organizadora não armou e nem comprou armas como podem sugerir as imagens veiculadas pela televisão. O que ocorreu foi que um membro de uma das organizações envolvidas no evento comprou apenas três facões juntamente com outras ferramentas, que foram utilizadas na montagem dos acampamentos dos índios. 4- Na fase preparatória ao evento, a comissão organizadora notificou a Polícia Militar e Federal por escrito e visitou o comandante da Policia Militar local solicitando segurança para o evento. 5- Os Kaiapó sempre carregam consigo facões, bordunas, arcos e flechas quando saem de suas aldeias para participar de eventos fora. Os facões, mais conhecidos em toda a Amazônia como terçados, foram incorporados pelos índios Kaiapó, especialmente pelas mulheres, como parte do seu equipamento do dia-a-dia, no manejo das roças e outras atividades. Conheceram esses facões por ocasião dos primeiros contatos com os brancos a partir dos anos 1950. Os próprios sertanistas do governo federal – do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e depois da Funai – davam esses facões como "brindes" para "atrair e pacificar" os Kaiapó durante as expedições de contato. Hoje, a própria Funai continua providenciando a reposição de grande parte desses terçados. Os índios também aproveitam eventuais visitas às cidades vizinhas de suas reservas para comprar terçados novos. 6- Transformar e divulgar o infeliz incidente ocorrido com o funcionário da Eletrobrás como  único destaque do Encontro, exclui o conjunto de reivindicações que as populações indígenas,  extrativistas e ribeirinhas, movimentos sociais estão fazendo em relação ao futuro da Bacia do Xingu. Assinam: Articulação de Mulheres BrasileirasArticulação de Mulheres ParaensesAssociação Floresta Protegida do povo KayapóAssociação das Mulheres Agricultoras do AssuriniAssociação de Mulheres Agricultoras do Setor GonzagaAssociação dos Moradores do Médio XinguAssociação dos Moradores da Resex do IririAssociação dos Moradores da Resex Riozinho do AnfrisioAssociação Indígena Kisedje – povo Kisedje (Parque Indígena Xingu)Associação Pró-Moradia do Parque IpêAssociação Pró-Moradia do São DomingosAssociação Yakiô Panará – Povo PanaráAssociação Yarikayu – povo Yudja (Parque Indígena Xingu)ATIX – Associação Terra Indígena Xingu (Parque Indígena Xingu)CJP- Comissão de Justiça e PazConselho Indigenista Missionário (CIMI)Prelazia do XinguCPT- Comissão Pastoral da TerraFAOR – Fórum da Amazônia OrientalFASEFETAGRI- Federação dos Trabalhadores na Agricultura Regional AltamiraFórum de Direitos Humanos Dorothy Stang (FDHDS)Fórum Popular de AltamiraFundação Elza MarquesFundação TocaiaFundação Viver Produzir e Preservar (FVPP)Fundo DEMAGrupo de Mulheres do Bairro EsperançaGTA- NacionalGrupo de Trabalho Amazônico Regional Altamira (GTA)Instituto Socioambiental – ISAInternational Rivers – BrasilIPAM- Instituto de Pesquisa Ambiental da AmazôniaLAET- Laboratorio Agroecologico da TransamazônicaMutirão pela CidadaniaMAB- Movimento dos Atingidos por BarragemSTTR-AltamiraPastoral da JuventudeS.O.S. Vida Sindicato das Domésticas de AltamiraSindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará – SINTEPPMovimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade – MMTACCMMCC- Movimento de Mulheres do Campo e Cidade -ParáMovimento de Mulheres do Campo e Cidade Regional Transamazônica e XinguFórum de Mulheres da Amazônia ParaenseSDDH- Sociedade Paraense dos Direitos HumanosMNDH- Movimento Nacional dos Direitos HumanosMMM- Movimento de Mulheres Maria MariaSOS CorpoInstituto Feminista para a Democracia Voltar para a matéria Povos do Xingu se unem para mostrar problemas de Belo Monte

Os organizadores do Encontro Xingu Vivo para Sempre que teve início dia 19 de maio em Altamira, Pará, vêm a público esclarecer o seguinte:

1- O episódio envolvendo o representante da Eletrobrás foi um fato lamentável, porém isolado e acidental.

2- A organização do evento não tem como se responsabilizar pelo comportamento dos que se sentiram atingidos no decorrer das exposições e debates.

3- A comissão organizadora não armou e nem comprou armas como podem sugerir as imagens veiculadas pela televisão. O que ocorreu foi que um membro de uma das organizações envolvidas no evento comprou apenas três facões juntamente com outras ferramentas, que foram utilizadas na montagem dos acampamentos dos índios.

4- Na fase preparatória ao evento, a comissão organizadora notificou a Polícia Militar e Federal por escrito e visitou o comandante da Policia Militar local solicitando segurança para o evento.

5- Os Kaiapó sempre carregam consigo facões, bordunas, arcos e flechas quando saem de suas aldeias para participar de eventos fora. Os facões, mais conhecidos em toda a Amazônia como terçados, foram incorporados pelos índios Kaiapó, especialmente pelas mulheres, como parte do seu equipamento do dia-a-dia, no manejo das roças e outras atividades. Conheceram esses facões por ocasião dos primeiros contatos com os brancos a partir dos anos 1950. Os próprios sertanistas do governo federal – do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e depois da Funai – davam esses facões como "brindes" para "atrair e pacificar" os Kaiapó durante as expedições de contato. Hoje, a própria Funai continua providenciando a reposição de grande parte desses terçados. Os índios também aproveitam eventuais visitas às cidades vizinhas de suas reservas para comprar terçados novos.

6- Transformar e divulgar o infeliz incidente ocorrido com o funcionário da Eletrobrás como  único destaque do Encontro, exclui o conjunto de reivindicações que as populações indígenas,  extrativistas e ribeirinhas, movimentos sociais estão fazendo em relação ao futuro da Bacia do Xingu.

Assinam:

Articulação de Mulheres Brasileiras
Articulação de Mulheres Paraenses
Associação Floresta Protegida do povo Kayapó
Associação das Mulheres Agricultoras do Assurini
Associação de Mulheres Agricultoras do Setor Gonzaga
Associação dos Moradores do Médio Xingu
Associação dos Moradores da Resex do Iriri
Associação dos Moradores da Resex Riozinho do Anfrisio
Associação Indígena Kisedje – povo Kisedje (Parque Indígena Xingu)
Associação Pró-Moradia do Parque Ipê
Associação Pró-Moradia do São Domingos
Associação Yakiô Panará – Povo Panará
Associação Yarikayu – povo Yudja (Parque Indígena Xingu)
ATIX – Associação Terra Indígena Xingu (Parque Indígena Xingu)
CJP- Comissão de Justiça e Paz
Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
Prelazia do Xingu
CPT- Comissão Pastoral da Terra
FAOR – Fórum da Amazônia Oriental
FASE
FETAGRI- Federação dos Trabalhadores na Agricultura Regional Altamira
Fórum de Direitos Humanos Dorothy Stang (FDHDS)
Fórum Popular de Altamira
Fundação Elza Marques
Fundação Tocaia
Fundação Viver Produzir e Preservar (FVPP)
Fundo DEMA
Grupo de Mulheres do Bairro Esperança
GTA- Nacional
Grupo de Trabalho Amazônico Regional Altamira (GTA)
Instituto Socioambiental – ISA
International Rivers – Brasil
IPAM- Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
LAET- Laboratorio Agroecologico da Transamazônica
Mutirão pela Cidadania
MAB- Movimento dos Atingidos por Barragem
STTR-Altamira
Pastoral da Juventude
S.O.S. Vida
Sindicato das Domésticas de Altamira
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará – SINTEPP
Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade – MMTACC
MMCC- Movimento de Mulheres do Campo e Cidade -Pará
Movimento de Mulheres do Campo e Cidade Regional Transamazônica e Xingu
Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense
SDDH- Sociedade Paraense dos Direitos Humanos
MNDH- Movimento Nacional dos Direitos Humanos
MMM- Movimento de Mulheres Maria Maria
SOS Corpo
Instituto Feminista para a Democracia

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