Vinte e dois trabalhadores rurais submetidos a condições análogas a de escravo foram libertados pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão, no interior do Estado. Entre os trabalhadores resgatados estava um garoto de 15 anos.

Todos eles trabalhavam na colheita de milho em uma fazenda em Santa Luzia do Tide (292 km de São Luís). O nome do proprietário não foi divulgado pela superintendência.

Os agricultores estavam em alojamentos sem instalações sanitárias adequadas, sem água potável e recebiam comida de péssima qualidade.

Segundo o grupo móvel de combate ao trabalho escravo da superintendência regional, os trabalhadores não recebiam nenhum direito trabalhista e eram submetidos a jornada de trabalho excessiva.

Todos os trabalhadores foram retirados da fazenda e receberam as verbas indenizatórias no valor total de R$ 25 mil. A operação ocorreu em 17 de junho, mas só foi divulgada ontem, após a saída dos agricultores do local.

O proprietário da área recebeu 13 autos de infração pelo descumprimento da legislação trabalhista e de segurança e saúde.

O grupo móvel da Superintendência Regional realiza desde 2003 operações periódicas no Estado para combate ao trabalho escravo e reúne auditores fiscais do Trabalho, Policiais Rodoviários Federais e procurador do Trabalho.

29/07/2008