Cerca de cinqüenta brasileiros foram submetidos a condições de trabalho escravo por uma empresa de fios elétricos na província de La Rioja, a 1200 quilômetros de Buenos Aires. Um deles se suicidou.
Elida Barrera, advogada da província para a Direção de Comércio Exterior e Integração, disse que a empresa enganou os brasileiros para contratá-los, abrigou-os em um galpão e os submeteu a 16 horas diárias de trabalho.
Segundo ela, o suicídio de um dos brasileiros está vinculado às condições de trabalho e alojamento oferecidas.
A advogada, em entrevista à Rádio FM Fenix de la Rioja, afirmou que os trabalhadores brasileiros receberiam um salário de R$ 2.700, mas a empresa argentina pagou menos que a metade.
De acordo com a denúncia, os brasileiros eram transportados à empresa às 6h da manhã e só voltavam para o galpão em que dormiam às 22h.
Barrera indicou que a extensa jornada de trabalho era interrompida apenas para um "almoço de 10 a 15 minutos".
A advogada apontou que os trabalhadores dormiam amontoados, não tomavam banho e tinham de usar banheiros químicos para todas as necessidades. (ANSA)
09/12/2008 20:01