Ex-funcionários das empresas do deputado federal Edmar Moreira (DEM) que trabalhavam na região de Ribeirão Preto brigam na Justiça para receber indenização trabalhista. O parlamentar, eleito essa semana para o cargo de corregedor da Câmara, é investigado pelo Ministério Público do Trabalho desde 2006. Nos últimos dias, ele ficou mais conhecido por ser dono de um castelo em Minas Gerais.
Cerca de 400 trabalhadores movem ação contra o deputado Edmar Moreira na região de Ribeirão. Antônio Tozo está desempregado desde outubro de 2006, quando foi demitido de uma das empresas de vigilância do deputado. "Não assinamos nada e não tivemos mais contato com o pessoal da empresa", conta.
Nesta época, o deputado abriu falência de três empresas de prestação de! serviço. Em seguida, demitiu 1,2 mil funcionários no Estado de São Paulo. "Do dia para a noite fecharam a base e eu fiquei desempregado e nunca mais deram notícia", afirma o vigilante José Moacir de Souza.
Segundo o advogado Eduardo Augusto de Oliveira, que representa parte dos vigilantes, uma decisão judicial já garantiu o pagamento de 44% dos encargos aos trabalhadores. "O processo prossegue em relação ao restante que falta", disse.
O corregedor da Câmara passou para o nome dos filhos um castelo na Zona da Mata mineira, avaliado em R$ 25 milhões, mas a venda do imóvel está bloqueada pela Justiça.
O deputado não foi encontrado para falar sobre esse assunto. Segundo a Secretaria Geral da Câmara dos Deputados, Edmar Moreira só deixa o cargo se renunciar, já que ele foi escolhido em eleição pelo plenário e não por indicaç&! atilde;o do partido dele – o Democratas – que pede! sua saí da do cargo.