Um dos telejornais do canal 12, empresa do Sistema Correio de Comunicação, filiada da Rede Record em João Pessoa, capital da Paraíba, exibiu ontem (14) em um dos telejornais da emissora uma reportagem que denunciava a prática de proposta enganosa de trabalho por parte da Sadia sediada em Lucas do Rio Verde, a 360 quilômetros de Cuiabá, capital de Mato Grosso.
Segundo o apresentador Marcus Pimenta manchetou, "dois casais acusam a empresa Sadia de Lucas do Rio Verde de proposta enganosa de trabalho"
Segundo iniciou o texto repercutido em cadeia estadual, os funcionários "foram trabalhar no Mato Grosso com promessas de bons salários e voltaram decepcionados".
A reportagem mostrou um casal, o vigilante Erivado Silva e sua esposa, Rosemary Costa. Na fala da repórter destacada para colher as supostas denúncias ela diz: "desempregado há mais de um ano, o vigilante Erivado Silva acreditou na proposta de emprego do frigorífico Sadia".
Segundo apurou a jornalista, ele teria saído de João Pessoa no mês de abril para trabalhar numa fábrica da empresa em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso com a função de operador de produção.
"O salário base de 623 reais passava de 800 com muitas horas extras, mas com os descontos que incluiam até o aluguel da casa, o valor líquido não chegava a 80 reais", disse a repórter, durante a exibição da matéria.
"Era como (se fosse) um trabalho escravo legalizado, porque a gente trabalhava de carteira assinada mas não tinha as condições que eles ofereceram aqui na Paraíba", declarou o entrevistado, após a fala da profissional.
A reportagem seguiu dizendo que a mulher dele, que também foi contratada pelo frigorífico, não aguentou as condições de trabalho e os dois decidiram voltar. "Eu cheguei para o supervisor dizendo para ele que não estava mais com condições, estava sofrendo de saúde, tanto que eu cheguei aqui (na Paraíba) com defeito na perna e no braço e inflamações de tanto trabalho repetitivo", disse a mulher.
Um outro casal entrevistado pela repórter, Josenildo Brito e a mulher Valdinete, também comungaram das denúncias do casal anterior, e se disseram decepcionados. Segundo eles, que foram para o Mato Grosso levando os três filhos, ao chegar na cidade de Lucas do Rio Verde "o nosso supervisor nos chamou de burros".
O casal afirmou que eles foram trabalhar na Sadia na parte de suínos, e quando decidiram retornar para João Pessoa enfrentaram "muitas coisas também" .
A matéria colheu depoimento de mais um morador da capital paraibana, Gilmar Costa, que desempregado na fila do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e pensando em tentar a sorte no Mato Grosso, acabou conhecendo as histórias dos casais e desistiu da idéia.
"Com certeza eu não vou mais e estou aqui para dizer para quem vá que desista", afirmou, finalizando as sonoras das pessoas que se sentiram prejudicadas.
A reportagem procurou pelo diretor do Sine de João Pessoa, Demócrito Oliveira, que teria encaminhado "mais de 100 pessoas para o Mato Grosso", mas que até aquele momento, "não havia recebido nenhuma denúncia formal de trabalho escravo".
Segundo o diretor, o assunto já foi debatido até na Câmara Municipal. "Nunca tivemos nenhuma denúncia formalizada ao Sine. Apenas participamos de uma audiência na Câmara Municipal de João Pessoa com a vereadora Sandra Marrocos e os vereadores que fazem parte da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, juntamente com o diretor da Sadia que veio dar esclarecimentos a respeito disso". disse ele.
Procurado para compor o final da matéria exibida pela Record da capital da Paraíba, o superintendente do Trabalho no estado, Inácio Machado, disse que já solicitou à Superitendência de Mato Grosso a apuração das denúncias.
"E o que pode acontecer com a empresa caso as denúncias sejam comprovadas?, perguntou a repórter ao superintendente. Ele respondeu que "a empresa será autuada pelo Ministério do Trabalho e um relatório será encaminhado para o Ministério Público para a Justiça tomar as medidas cabíveis".
O apresentador do telejornal termina a exibição da matéria dizendo que "a Sadia esclarece que as pessoas da Paraíba que foram trabalhar na fábrica em Lucas do Rio Verde durante o processo de recrutamento receberam informações detalhadas sobre os salários, condições de trabalho e benefícios oferecidos. A assessoria disse ainda que eles receberam informações sobre o conjunto habitacional destinado aos trabalhadores da unidade e os descontos previstos em folha de pagamento".
Passei isso aqui no rio só promessa e o salário menor q omdo aposentado descontavam até se expirasse horrível fui escravo deles 13 anos com a promessa de melhora e nada passei em duas dinâmica pra venda e alegaram q meu nome estava sujo q eu não podia assumir o cargo.