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Juízes vão discutir escravidão

A escravidão poderia estar apenas nos livros de história para ser lembrada e contada de geração em geração. Mas, como ainda é uma realidade e Pernambuco se mantém como o segundo estado do país no ranking negativo do trabalho escravo, vai sediar o encontro regional de juízes trabalhistas da 6ª Região para discutir novas formas de enfrentamento a essa situação. Desta quarta-feira até o próximo sábado, no hotel Vila Galé, no Cabo de Santo Agostinho, o tema será esmiuçado em palestras com a presença de magistrados, advogados, professores e nomes influentes do Judiciário, a exemplo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Eros Grau. Segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), Pernambuco só perde para o Rio de Janeiro em termos de trabalho degradante. No ano passado, em dez inspeções feitas pelo MPT, 419 pessoas foram resgatadas no estado em condições humilhantes, sem direito a qualquer garantia trabalhista. O encontro faz uma referência ao Ano Nacional de Joaquim Nabuco, recifense considerado como um dos maiores abolicionistas da história. Para a presidente da Associação dos Juízes do Trabalho em Pernambuco, Virgínia Sá Bahia, os escravos contemporâneos vivem em piores condições que os de antigamente. Ela entende que, hoje, trabalhadores nessa situação são explorados e facilmente substituídos. Situações – Virgínia Sá Bahia ressalta a importância da fiscalização, especialmente no campo, onde existem mais de 100 mil trabalhadores rurais. No ano passado, segundo balanço do MPT, 3.571 pessoas foram resgatadas em situações análogas com as da escravidão, sendo que 11,73% desse total estavam em Pernambuco. Como no passado, a maioria é masculina, cerca de 90%, com idades que variam de 18 a 40 anos. No ranking negativo, depois do Rio de Janeiro e de Pernambuco, onde foram resgatadas 521 e 419 pessoas no ano passado, estão Minas Gerais (364); Distrito Federal e Tocantins (334) e Goiás (328). A procuradora e vice-coordenadora nacional da Coordenadoria de Erradicação do Trabalho Escravo, Débora Tito, contou que esses números servem de parâmetro para o encontro dos juízes -, já que foram feitos flagrantes nos municípios de Moreno, Amaraji e Aliança, respectivamente na Região Metropolitana do Recife, na Mata Sul e na Mata Norte.

A escravidão poderia estar apenas nos livros de história para ser lembrada e contada de geração em geração. Mas, como ainda é uma realidade e Pernambuco se mantém como o segundo estado do país no ranking negativo do trabalho escravo, vai sediar o encontro regional de juízes trabalhistas da 6ª Região para discutir novas formas de enfrentamento a essa situação. Desta quarta-feira até o próximo sábado, no hotel Vila Galé, no Cabo de Santo Agostinho, o tema será esmiuçado em palestras com a presença de magistrados, advogados, professores e nomes influentes do Judiciário, a exemplo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Eros Grau.

Segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), Pernambuco só perde para o Rio de Janeiro em termos de trabalho degradante. No ano passado, em dez inspeções feitas pelo MPT, 419 pessoas foram resgatadas no estado em condições humilhantes, sem direito a qualquer garantia trabalhista.

O encontro faz uma referência ao Ano Nacional de Joaquim Nabuco, recifense considerado como um dos maiores abolicionistas da história. Para a presidente da Associação dos Juízes do Trabalho em Pernambuco, Virgínia Sá Bahia, os escravos contemporâneos vivem em piores condições que os de antigamente. Ela entende que, hoje, trabalhadores nessa situação são explorados e facilmente substituídos.

Situações – Virgínia Sá Bahia ressalta a importância da fiscalização, especialmente no campo, onde existem mais de 100 mil trabalhadores rurais. No ano passado, segundo balanço do MPT, 3.571 pessoas foram resgatadas em situações análogas com as da escravidão, sendo que 11,73% desse total estavam em Pernambuco. Como no passado, a maioria é masculina, cerca de 90%, com idades que variam de 18 a 40 anos. No ranking negativo, depois do Rio de Janeiro e de Pernambuco, onde foram resgatadas 521 e 419 pessoas no ano passado, estão Minas Gerais (364); Distrito Federal e Tocantins (334) e Goiás (328).

A procuradora e vice-coordenadora nacional da Coordenadoria de Erradicação do Trabalho Escravo, Débora Tito, contou que esses números servem de parâmetro para o encontro dos juízes -, já que foram feitos flagrantes nos municípios de Moreno, Amaraji e Aliança, respectivamente na Região Metropolitana do Recife, na Mata Sul e na Mata Norte.


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