Alerta do Ministério Público do Trabalho (MPT) à sociedade rondoniense sobre a prática criminosa de exploração do trabalho análogo a escravo ou degradante, tanto no meio rural como urbano, superou a expectativa da Procuradoria do Trabalho no Município de Ji-Paraná, que realizou audiência pública discutir o tema, juntamente com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Justiça do Trabalho, Polícia Federal, Pastoral da Terra, entre outras entidades.
Organizada pela procuradora do Trabalho, Carolina Marzola Hirata, a audiência pública aconteceu na quinta-feira (29), no plenário da Câmara de Vereadores do Município, e foi a primeira promovida pelo MPT no interior de Rondônia. A iniciativa deverá ser estendida a outros Municípios do Estado, conforme declarou, no evento, o procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 14ª Região, Francisco José Pinheiro Cruz .
Ao abrir a audiência, a procuradora do Trabalho Carolina Hirata falou da importância de o cidadão ser informado sobre o trabalho escravo e incentivou a comunidade a denunciar a prática, comum no Estado, em áreas rurais. A procuradora focou sua palestra na questão de como o cidadão pode contribuir para erradicar o trabalho escravo na região, sabendo como identificar os casos. "Uma das metas do MPT é sensibilizar produtores e trabalhadores rurais para o combate a essa prática inaceitável", afirmou.
Nas palestras que se sucederam, os expositores ilustraram suas abordagens projetando para a plateia farto material fotográfico colhido nas diligências realizadas no campo, em diferentes regiões do País, inclusive no Sul. As cenas retratam a cruel realidade da qual são vítimas a grande maioria de trabalhadores encontrados em situação de trabalho análogo a escravo ou degradante.
Procurador-Chefe Francisco Cruz quer levar o debate a mais Municípios no Estado
Além da procuradora do Trabalho em Ji-Paraná Carolina Hirata, e do procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho na 14ª Região, Francisco Cruz, foram palestrantes no evento o delegado da Polícia Federal Flávio Reis, o auditor fiscal do Trabalho e um dos coordenadores de Grupo Móvel da Secretaria do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Benedito Lima e Silva, e o advogado, padre e representante da Comissão Pastoral da Terra, Afonso Maria das Chagas.
Plenário lotou para ouvir alerta do MPT
Cerca de 300 pessoas, entre produtores e trabalhadores rurais, estudantes de escolas técnicas e do ensino superior em Ji-Paraná, populares, representantes de entidades não governamentais, religiosas e autoridades dos poderes constituídos do Município atenderam ao chamamento do MPT e superlotaram o plenário da Câmara de Vereadores do Município.
A audiência contou com a presença de representantes da Procuradoria da República, Prefeitura Municipal, OAB, Justiça do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e entidades representativas de empregados e empregadores. A Prefeitura de Ji-Paraná, através da Secretaria Municipal de Educação, e a Câmara de Vereadores foram apoiadores do evento.
ASCOM-PRT 14ª Região /RO e ACMais informações: (69) 3224.1642