Na semana em que é lançado o "Resgatando a Cidadania" (post acima) sinto-me gratificado por ter batalhado aqui no blog pela formação daquela mesa tripartite, conduzida pelo ex-ministro Luiz Dulci (governo Lula) na qual sindicatos de trabalhadores-usineiros-governo firmaram um pacto anti trabalho escravo.
As três partes discutiram e firmaram um pacto pelo qual, mediante adesão ao acordo, as empresas recebem um selo indicativo de que podem vender livremente sua produção porque não permitem trabalho-escravo. O pacto da mesa tripartite concentra-se principalmente na área da agroindústria, onde mais se registram ocorrências de trabalho escravo.
Mas, neste momento em que se lança o "Resgatando a Cidadania", eu proponho que o pacto expanda-se para outras áreas e busque a adesão cada vez maior a este acordo de trabalhadores e patrões.
A expansão é mais do que necessária porque, coincidentemente, o "Resgatando a Cidadania" foi lançado no mesmo dia em que o Brasil tomou conhecimento de que, em Campinas (SP), foram libertados 27 trabalhadores em regime de escravidão e três empreiteiros foram presos.
Aliciados em Gonçalves Dias (MA), eles pagaram R$ 230,00 cada um para serem transportados para a cidade paulista em ônibus clandestinos e jogados em um loteamento para trabalhar na construção de um conjunto habitacional.
Vieram mediante a promessa de que seriam reembolsados quando chegassem ao destino. Nada receberam. Em Campinas, apesar de estarem numa das maiores cidades do país, recebiam apenas uma refeição por dia, não tinham água tratada, dividiam apenas um banheiro e dormiam no chão. O grupo foi localizado por agentes da Guarda Municipal de Campinas nas instalações de uma panificadora abandonada, após uma denúncia anônima.