O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego resgatou na terça-feira (14), no município de Correntina, a 932 Km de Salvador, 53 trabalhadores que atuavam em situação análoga à escravidão. O grupo foi resgatado de duas fazendas de um mesmo proprietário e trabalhava na colheita de raiz e na poda de eucalipto.
Segundo informações do Ministério do Trabalho, as condições do local eram inapropriadas. Nos alojamentos, não havia instalações sanitárias, material de primeiros socorros, abrigo contra intempéries, água potável, equipamento de proteção individual, local apropriado para o preparo de refeições, além do transporte ser feito em veículos com carroceria aberta.
Os trabalhadores não foram registrados com contrato, o empregador reteve as carteiras de trabalho e não exigiu a realização de exames médicos admissionais.
A auditora fiscal do Trabalho Luize Surkamp esteve à frente da ação, que acontece desde 8 de junho, em parceria com o procurador do Trabalho Luercy Lino e com agentes da Polícia Rodoviária Federal.
Os 53 trabalhadores resgatados deverão receber um total de R$ 339,5 mil, sendo R$ 77,6 mil em verbas rescisórias, R$ 162 mil por dano moral individual e R$ 100 mil por dano moral coletivo, conforme acertado em Termo de Ajustamento de Conduta firmado pelo representante do MPT com o empregador, no ato da fiscalização.