Santos (SP) – A Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou um grupo de 11 pessoas em condições de trabalho análogas às de escravos no cruzeiro de luxo MSC Magnifica, pertencente à MSC Cruzeiros. O flagrante aconteceu em fiscalização conjunta envolvendo diferentes órgãos realizada no porto de Santos, no litoral de São Paulo, entre os últimos dias 15 e 16 de março, e o resgate foi feito nesta semana em Salvador (BA), cidade para onde o navio seguiu depois da primeira abordagem. Segundo a fiscalização, a empresa se recusou a pagar as verbas rescisórias e a reconhecer o resgate. Procurada, a empresa afirmou em nota que “repudia as alegações feitas pelo Ministério do Trabalho e Emprego” e que “não recebeu nenhuma prova ou qualquer auto de infração” (clique aqui para ver o posicionamento na íntegra)*.
Leia também: Tripulantes resgatados relatam rotina de assédios e sobrecarga
A Repórter Brasil acompanha as investigações sobre trabalho escravo em cruzeiros de luxo no litoral brasileiro desde novembro do ano passado, quando denúncias recebidas pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) foram encaminhadas à Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (Conatrae), da qual a organização faz parte.
A caracterização de escravidão de tripulantes do MSC Magnifica se deu pela submissão do grupo a jornadas exaustivas sistemáticas, maus tratos e assédio moral. Há relatos de jornadas superiores a 14 horas. “Não temos a menor dúvida de que se trata de trabalho escravo”, explica Alexandre Lyra, chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), do MTE. “Além da escravidão, constatamos fraudes no cartão de ponto e na contratação dos trabalhadores. A situação é grave”, resumiu.
Além do MSC Magnifica, outro navio da empresa foi fiscalizado, o MSC Preziosa, mas apesar de também terem sido constatadas infrações trabalhistas, não houve flagrante de trabalho escravo. Desde o começo do ano o MTE monitora os cruzeiros que atravessam o litoral. Além de auditores fiscais do MTE e procuradores do MPT, a operação que resultou no flagrante envolveu também representantes da SDH/PR, da Advocacia Geral da União (AGU) e da Capitania dos Portos, bem como agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Em Salvador, a Defensoria Pública da União também acompanhou a ação.
“É preciso dar uma resposta a essa situação. Não é possível que embarcações venham para águas brasileiras para praticar esse tipo de abuso com os trabalhadores”, diz o procurador Rafael Garcia, do MPT da Bahia. Entre os trabalhadores resgatados há até tripulantes com nível superior e, no entendimento do MPT, a empresa está resistindo ao pagamento das rescisões por temer uma série de ações e reivindicações por parte de outros empregados que passam ou passaram por situações semelhantes. “É preciso garantir o pagamento das verbas e a proteção aos trabalhadores”, afirma Garcia.
Cruzeiros de luxo
Ao longe, os navios impressionam por seus números. São pelo menos 60 metros de altura, o mesmo que um prédio de 20 andares, e 300 metros de comprimento. A bordo, estão cerca de 4.070 passageiros, junto a uma tripulação de 1.305 pessoas, contando funcionários de limpeza, hotelaria, restaurante e oficiais de navegação. O valor mínimo de uma passagem para uma semana de viagem não sai por menos de R$ 1 mil. Os valores cobrados contrastam com as condições constatadas que se escondem no interior de empreendimentos de tal proporção.
Por conta da quantidade de brasileiros empregados nesses navios e da natureza das violações, a situação preocupa autoridades e o governo federal. De acordo com a resolução nº71/2006 do Conselho Nacional de Imigração, pelo menos um quarto dos tripulantes de qualquer embarcação que permanecer por mais de 90 dias em território nacional deve ser de brasileiros. Conforme levantamento da associação de empresas do ramo, a Abremar, em 2013 eram 2,5 mil os brasileiros empregados na área, e cerca de 3 mil durante o ano de 2012. Não existem dados sobre 2014.
A depender da situação, os contratos de trabalho são firmados com base na legislação do Brasil ou em normas internacionais, o que torna o problema complexo e favorece infrações. Se a pessoa for contratada 30 dias antes ou 30 dias após à partida do navio da costa brasileira, a lei determina que a relação de trabalho fique subordinada às regras brasileiras. Caso, porém, o contrato seja firmado no exterior ou se estenda por mais de nove meses, o Direito Internacional permite que este seja subordinado às leis do país onde o navio tem a bandeira registrada. Não é raro, por isso, que as embarcações tenham registro em países com legislação trabalhista mais frágil, como Indonésia, Tailândia e outros. O primeiro navio fiscalizado em Santos, o MSC Preziosa, tinha registro no Panamá, por exemplo. A ação conjunta está relacionada a preocupação em fazer uma abordagem integral do problema, cobrindo todos os lados. “Uma tentativa nossa de resposta é tentar atuar o mais integrado possível”, explica José Guerra, coordenador-geral da Conatrae.
“E La Nave Va”
No universo do cineasta Federico Fellini, há uma cena no filme “E La Nave Va” (disponível no youtube) que pincela um pouco do que se vive dentro das embarcações. O longa mostra, de um lado, cozinheiros produzindo sob uma velocidade intensa, em compasso com uma trilha sonora acelerada. Enquanto isso, de outro, no restaurante, os passageiros desfrutam da exploração do trabalho e do luxo; a música vai diminuindo e a cena vai se tornando mais limpa, organizada, com menos personagens, e assim as coisas se passam como se toda a situação nos navios estivesse em plena harmonia (veja a cena na sequência). O dualismo não é simples ficção e, sem dúvidas, coincide com o que foi encontrado em Santos (SP).
Entre outros abusos, as jornadas de trabalho da tripulação responsável por tarefas de hotelaria, limpeza e outros ofícios ultrapassam regularmente doze horas diárias. Para piorar, o ritmo durante as jornadas prolongadas se confunde com o cenário ilustrado por Fellini. Além disso, de acordo com levantamento da fiscalização, os períodos de serviço costumam não seguir um padrão regular. Principalmente na parte de restaurantes, o expediente começa cedo — às 6hs —, continua durante todo o período da manhã e, às vezes, só é interrompido por intervalos de cerca de 15 minutos, para voltar na sequência da próxima refeição.
Muitos trabalhadores se queixam de ter de começar os serviços logo cedo, com o estômago vazio, sem ter tomado café da manhã. Isso se deve ao fato de o refeitório disponível para os funcionários ficar fechado durante a folga de alguns deles e de o horário de funcionamento coincidir com o dos restaurantes onde a tripulação trabalha para servir os passageiros. “A gente só não passa fome porque quem trabalha com restaurante só passa fome se quiser. De vez em quando, a gente pega algo que sobra ou da cozinha”, relatou uma garçonete. A identidade de todos os tripulantes ouvidos pela reportagem foi preservada.
Assédio e problemas frequentes
De acordo com tripulantes ouvidos pela Repórter Brasil, casos de assédio são frequentes no dia a dia das embarcações, principalmente enquanto estas se encontram em alto mar. Como resposta aos problemas enfrentados, familiares, amigos e vítimas de abusos fundaram a Organização de Vítimas de Cruzeiros no Brasil (OCV-Brasil). A associação atua no sentido de prevenir outras violações e proteger os trabalhadores do setor. Em 2013, articulou junto ao Senado Federal um Projeto de Lei que fortalece a garantia de direitos aos tripulantes brasileiros desses tipos de navios. A proposta segue em trâmite pelo nome de PLS 419/2013. Segundo um levantamento da OCV sobre assédio sexual no interior dos navios de cruzeiro com base em dados coletados com policiais e agentes de fiscalização dos Estados Unidos da América (EUA), foram pelo menos 1.429 violações do tipo em águas estadunidenses, no período compreendido entre 1998 e 2012. Sobre ocorrências em águas brasileiras ainda não há dados específicos, mas há um cálculo que soma mais de quatro casos de tripulantes mortos ou desaparecidos em cruzeiros. Há relatos sobre oficiais que se valem de seu posto de superioridade para realizar atos de agressão sexual, cujas vítimas, na maioria, são mulheres. Entretanto, a violência não se restringe a aos tipos explícitos e também pode ocorrer de maneiras mais sutis, conforme os relatos obtidos. Quando trabalhadores queixam-se da carga de trabalho ou de um eventual desrespeito por parte de superiores, existem algumas práticas usadas com frequência. “Nesses casos, costumam nos colocar em um horário que é próximo do fim do expediente, mas no qual ainda chegam clientes. Assim, temos de estender o trabalho por mais horas para atendê-los”, afirma um tripulante. Segundo apurou a fiscalização, esse tempo a mais não é registrado como extra, muito menos descontado de um banco de horas dos funcionários. “É comum que isso ocorra quando nos queixamos. Em alguns casos, só pelo fato de nos verem conversando com fiscais da polícia ou do governo, mesmo em inspeções de rotina, já ficamos marcados e temos de passar por esses constrangimentos”, acrescenta o trabalhador. “Quando a gente assina a hora-extra, eles não consideram. Nosso cartão de ponto é alterado”, completa. |
Pelo tempo excessivo de serviço, os trabalhadores reclamam que, com frequência, tampouco encontram tempo para limpar seus alojamentos. “Por vezes, ficamos muito tempo sem conseguir arrumar nosso quarto”, conta um tripulante. Em alguns casos, eles recorrem a serviços por fora, quando pagam a algum colega de folga para fazer a limpeza dos dormitórios. Os quartos, aliás, também encontram outro correspondente cinematográfico, para a maioria dos tripulantes. Mas, dessa vez, em Groucho Marx (veja a cena na sequência).
Os alojamentos da tripulação fazem jus a uma das mais famosas cenas de humor no cinema. Em “Uma Noite na Ópera”, Marx cria uma situação em que várias pessoas compartilham o minúsculo espaço da cabine de um navio. De modo parecido, o ambiente nos cruzeiros transatlânticos fiscalizados se repete. Embora, ao contrário do filme, na embarcação real os alojamentos sejam ocupados por apenas duas pessoas, o espaço é realmente minúsculo, de modo que no interior mal cabem um beliche e os pertences dos tripulantes. Na maioria das cabines para os empregados não há luz solar, já que não existem janelas. A área onde ficam os dormitórios se localiza bem no interior da embarcação. Uma infinidade de portas, cada uma para cada dois funcionários, estende-se por corredores e mais corredores. A temperatura é controlada por ar condicionado e a luz vem do sistema de iluminação do navio. Tudo artificial — e calculadamente controlado.
Aos passageiros, que pagam caro pelas passagens, e os oficiais (capitães e outros) fica reservado todo o luxo. Nos saguões, o degrau das escadas aos andares superiores é feito com cristais Swarovski; as paredes são todas acolchoadas e curiosamente decoradas com a figura de animais marinhos feitos em papel marchet. No salão, grandes crustáceos decoram o local. Há, sobretudo, um tanto de kitsch no interior da embarcação. Por onde passam os turistas, o chão é todo revestido em carpete com tons em azul claro e escuro, com uma faixa branca, nas mesmas tonalidades da identidade visual da MSC Cruzeiros. Pelos salões, sempre há uma música ambiente. Geralmente, trata-se de algo cantado em italiano, em um tom um tanto quanto apaixonado.
Vigiar e punir
Com o entra e sai de diversos ambientes e o choque térmico, pela troca brusca de temperaturas, não raro se multiplicam problemas de dor de garganta, resfriados ou gripe entre os tripulantes. Quem fica doente ou sente algum tipo de mal-estar recorre à enfermaria da embarcação.
Quando necessário, a licença médica é observada aos tripulantes que necessitam ficar de repouso. No entanto, nesses casos, é obrigatório aos trabalhadores licenciados ficarem dentro de seu alojamento. Não lhes é permitido, mesmo quando a embarcação se encontra ancorada em algum porto, que desembarquem ou circulem por outras áreas do navio.
Só é possível desembarcar, nesses casos, quando a enfermidade é grave e precisa do tratamento de algum médico especialista em terra. E essa permissão só pode ser dada pelo clínico responsável pela área de saúde do navio. A permanência dos funcionários doentes no interior de seus dormitórios, inclusive, é vigiada pelos oficiais.
“Se sair sem avisar, leva advertência”, explica um trabalhador à Repórter Brasil. No caso de três advertências, o tripulante é expulso do navio no primeiro porto ao qual a embarcação chegar. Se, nesse caso, a pessoa em questão for brasileira e o navio estiver em costa europeia, por exemplo, seu salário é descontado para custear a própria passagem de volta para casa. E la nave sarà…
* Texto atualizado para inclusão de posicionamento da empresa, enviado na tarde desta sexta-feira (dia 4).
Reportagem produzida com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo.
Muito bom, pessoal.
Ótima matéria.
Parabéns pelo trabalho!
Estive no Magnífica em fevereiro deste ano com destino a Argentina. Em algumas ocasiões minha esposa e eu ficamos constrangidos com a estupidez dos tripulantes italianos com os de outra nacionalidade. Tinha um garçon que tinha aparência de zumbi. Iamos dormir o cara estava acordado… acordavamos as 6… e ele já estava de pé. Viamos ele no café, almoço e janta. Vamos rever nossa próxima empresa de cruzeiro.
é verdade mesmo…eu sou esteticista e fui fazer entrevista para trabalhar na msc preziosa.porem desisti porque eles me disseram que teria que trabalhar de 12 a 14 horas por dia.. e que o trabalho do SPA do navio era mais exigente por lidar direto com as pessoas do iate club…que são pessoas que não se misturam muito e achei as exigencias um tanto exgeradas……eu fui ao navio dia 19/03/2014 visitar minha irmã e conhecer de perto o navio…….encontrei minha irmã muito desgastada e com gripe muito forte e ela disse que o trabalho é muito exaustivo…mal consegue descansar…acorda sempre assustada pelas cobranças e maus tratos do chefe direto…muitas cabines para arrumar a todo momento….realmente…a matéria esta correta..existe mesmo…minha irmã só continuou porque eles não pagam nada se vc desistir e ainda tem que pagar a propria passagem de volta..este onde estiver…e o navio preziosa esta voltando pra europa..então que fazer..continuar até o término do contrato…sem mais…agradeço por vcs terem feito a denúncia
Graças a Deus, tem alguem olhando por estes funcionários, que na verdade são “escravos”. Sou viajante habitué desta empresa, desde minha primeira viajem fiz amizade com as camareiras que me serviam.Fiquei sabendo das condições em que estas pessoas trabalham e sempre procurei ajudar da maneira que pude. Eu trazia frutas e outros generos do restaurante, por minha conta, e deixava na cabine para que elas pudessem se alimentar, porque eu fiquei sabendo que muitas passam fome, pois a comida para eles servida, é feita por funcionários muitas vezes indianos ou da indonésia, e a comida, para o paladar do brasileiro, muitas vezes, é insuportável. Não lhes é servido frutas, fiquei sabendo que até a água consumida ,eles compram fora do navio.Realmente, a tripulação não graduada , é “escrava”, e muito me corta o coração, saber que enquanto eu me divirto , aqueles que me servem , sofrem horrores no silêncio, e muitos não denunciam porque precisam desse emprego.Por favor, não permitam que esta situação continue, defendam nossos irmãozinhos, brasileiros ou não, pois todos merecem “respeito”
Sou tripulante de navios há 7 anos. Essa reportagem é totalmente irreal. Sim, trabalha-se muito a bordo, porém há muito exagero aqui. E outra: se o povo se achava escravo, porque continuou trabalhando? Isso é coisa de brasileiro querendo ganhar dinheiro fácil às custas de processos. Me envergonho de ser brasileira nesses momentos. Isso só suja a imagem da nossa nacionalidade e faz a vida de outros brasileiros, que querem trabalhar seriamente, ser ainda mais difícil a bordo, sendo comparada com esse tipo de gente que só reclama e quer ganhar fácil.
Parabéns para a equipe pelo trabalho.,esses absurdos devem ser combatidos com rigor.
Parabéns aos jornalistas Anali Dupré e Guilherme Zocchio
Excelente reportagem
Sou agente de viagens e estive com meu marido no MSC Magnifica, agora em março saimos dia 16 rumo ao Sul… em Buenos Aires fui abordada por uma equipe de reportagem de uma TV local, que queria saber sobre uma pessoa que havia se jogado do navio no percurso de Punta a Buenos Aires, estavam no porto de Buenos Aires o MSC Magnifica, que eu estava e o Splendour da Royal, mas eles estavam interessados no navio da MSC… Isso foi uma surpresa para todos nos, pq não soubemos de nenhum suicidio no Navio… abordamos tripulantes brasileiros que negaram o fato… achamos de fosse boato ou tivesse aconteciso no outro navio, mas agora vendo esta brilhante reportagem, estou acreditando que possa mesmo ter sido do Magnifica este suicidio…Como disse, muito bem colocado o Sr.Eduardo Marques, tb vou rever meu proximo cruzeiro e voltar a faze-lo com Royal ou Costa…Muito infeliz o que fazem com os tripulantes..um abuso de poder mesmo! Eu mesma e meu marido presenciamos varios “chefes” gritando com os tripulantes e os tripulantes parecem zumbis mesmo! Um abuso de poder e maus tratos!!!
Sou de São Vicente/SP e estou fazendo curso pra trabalhar em navio,comecei essa semana e pelo que estou lendo acho que não vale a pena,do que vale o dinheiro se eu não tiver minha honra,que Deus abençoe todos os que estão nesse sofrimento.
trabalhei durante 6 anos na MSC e realmente e assim que eles agem como se nos fossemos uma raça inferior, e constrangedor mas a necessidade e maior e precisamos aguentar.
gostei dessa atitude das autoridades brasileiras. porque assim , como em algumas situações na europa, por conta de não se estar legalizado sofre situação parecida. so que se deram mal . foram pegos em territorio nacional . parabéns à essa autoridade !
Querem a verdade?
Por isso os navíos estao deixando de vir para essa bosta de lugar chamada Brasil.
Querem moralizar? Comecem por Brasilia.
Quem se candidata a trabalhar num navio sabe muito bem qual é a jornada de trabalho.
É informado antes de entrar!!!
Ninguem entrou na casa do infeliz e o sequestrou para trabalhos forcados.
O cara vai ter uma jornada ardua por 6 meses. Conhece o mundo, aprende idiomas na pratica, tem casa, comida, roupa lavada, nao gasta um centavo. Custo zero!!
Depois, fica 3 meses em casa descansando e recebendo o mesmo salario como estivesse embarcado.
Tendenciosa, oportunista e ridicula essa açao de orgaos incompetentes e paus mandados de um partido em epoca de eleicao.. E esse é o lixo de País que chamam de gigante.
Gigante é a imensa vergonha que vou passar na Copa!!!
É isso mesmo. Viajei no Harmonia da MSC. É perceptível a condição adversa de trabalho. Estão em todas as frentes, em todos os horários, todos os dias.Conversei com muitos deles que relataram situações de desrespeito, de insalubridade, de assédio, e outras.Diante dessa condição de trabalho dos funcionários e diante da falta de higiene do navio, não pretendo mais usar este tipo de recreação.
This is too much, Brazilians keep on crying and crying, if they know very well how is the life onboard. (which is only for hard working people),…..why they keep on coming back onboard?, or even worst, why after they finish their contract they going back to the same ship or company that they say to hate ????????????????????????????, and never the less, why they always threaten to bring onboard POCICIA FEDERAL, if they know that with a good meal and a bottle of something they don’t do nothing for them ?????
Na baixada santista existe uma Gerência do Ministério do Trabalho. Porque, tem que vir a Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Escravo a Santos – CONATRAE -, para fazer um trabalho que essa Gerência pode e deve fazer?
@Débora Christina
Estive em cruzeiro agora dia 8 até 16 de março de 2014 (7º Tango & Milonga). O acontecimento de suicídio foi em nossa viagem pelo Costa Fascinosa. Esse fato inclusive atrasou o tour em Punta Del Este, pois o navio foi segurado por muito tempo em Buenos Aires. Além do suicídio, aconteceu também um enfarte de um senhor. Uma história bizarra: ele perdeu o embarque em Santos, viajou de avião até Buenos Aires para pegar o navio, daí quando enfim entrou no navio… infartou.
olá a todos
venho acompanhando esse problema a tempo e cada dia a coisa fica pior e cade as autoridades não fazem nada.
absurdo tudo isso
giovana soares
Gostaria de saber se os contratos de trabalhos dos tripulantes são pelas leis do Panamá.
Quando os seres humanos se colocarem no lugar do outro a situação em todos os meios de trabalho irá mudar.
TENHO UM FAMILIAR QUE ESTAVA TRABALHANDO NP PREZIOSAE EM 5 MESE EMAGRECEU 25 QUILOS TINHA DIA QUE TRABALHAVA ATE 18 HORAS SEM PARAR PARA NADA ,POLICIA FEDERAL CONTINUE FISCALIZANDO ISSO NÇAO É JUSTO
Todos nós gostamos do luxo que o navio proporciona, viajei com a MSC e foi FANTÁSTICO, melhor se estivesse bom para todos! mas ficamos triste em saber que atras do luxo vem a sujeira, o lixo, a falta de humanidade, se isso realmente acontece, vamos denunciar.Pena muito triste
A mais pura verdade. Durante o cruzeiro que eu fiz até “brinquei” com alguns tripulantes dizendo que estava me sentindo em um navio negreiro, tamanha a escravidão e xenofobia sofrida por eles. Dizem, mas o salário não vale a pena.
Pensava em viajar pela MSC, mas sabendo disso, não vou mesmo ! EVITAR ESSES TIPOS DE “EMPRESA” é uma das formas de combatermos esses abusos !!! afinal o alto preço que se paga seria mais um motivo para ter um salário melhores e condições dignas .
Estou embarcando em agosto deste ano, a partir do momento em que pude ler estes relatos me fez pensar duas vezes. Estou indo pois fiz um investimento de 3 mil reais, fazer oque se necessito =/
Eu estava pesquisando sobre cruzeiros e me interessei pelo site da msc. No entanto, eu sempre faço pesquisas antes de contrtar um serviço desses e me deparo com essa situação lamentável!!! Como os colegas falaram, vou fazer minha parte e não utilizar o cruzeiro dessa empresa exploradora. Continuarei minhas pesquisas, afinal opções não faltam.
To fora. Tinha umas ideias de ralar pelo litoral brasileiro e contava com essa opção. Diante desses absurdos, melhor ficar em terra firme. E torcendo para que o Ministério do \trabalho dê á atenção necessária e constante a essa mão de obra.
Olá,
Posso até entender a revolta das pessoas. Mais das que estão de fora do que as que estão dentro. Bom, eu trabalho embarcado pela MSC. E, desde o início, ainda na entrevista, é dito as condições de trabalho. Aceita quem quer. E, se não quer, pode desistir e buscar um trabalho idiota qualquer.
Att,
Felipe Cardozo.
PS: Sem contar que a embarcação não segue as leis brasileiras… Afinal, não é brasileira, e está só de passagem.
Então, vamos parar de falar merda sem saber de nada. Pois a ignorância é uma opção.
Todas as informações, inclusive sobre as horas de trabalho são dadas nas entrevistas admicionais. Vai quem quer……..e se não está bom, pode ir embora quando quiser!!!!! Não sujem nossa nacionalidade…..O problema é que pensam que vão trabalhar à bordo de navio e receberão uma vida de passageiros, trabalhar é trabalhar!!!!!!
Que pena que ainda tem quem defenda esse crime…alguns são puxa saco mesmo.
Fiz uma viagem com minba família pela MSC Lírica e adorei. A equipe muito receptiva. O que presenciei é que os funcionários não fazem um só trabalho. Exemplo: de dia fica como diretor de bar e a noite fica tirando fotos. A equipe de animação é fantástica. Adorei. Camareiro espetacular, inclusive tinha camareiras de outros países e ele ficou como supervisor, pois não sabiam direito a nossa língua. O que presenciei que o navio tem muitos funcionários, muita comida e muitos viajantes. Concluindo que o trabalho é intenso. Conversei com funcionários do mini club e a resposta foi positiva. Que dormem na folga, saem no porto quando estão de folga, frequentam boates no mesmo horário da gente. Custo zero e rodam o mundo. Agora esse trabalho tem um tempo e depois e se dedicar a família.
Adorei………
a escravidão continua agora na Europa os Brasileiros que lá estão trabalhando doente,meu marido está trabalhando com trauma no pé um acidente de trabalho lá dentro desse cruzeiro essa MSC PREZIOSA estão com um documento MEDICALL OFF só precisa dele pra ser desembarcado.