um antigo pescador reclama da falta de douradas
Após viagem de dois dias pelo rio Amazonas, cheguei à Santarém. A segunda maior cidade do Pará, ela está no encontro do Tapajós com as águas do Amazonas. No mercado municipal, ouvi o relato de Manoel Leonel Pereira de Almeida, 70, um antigo pescador que agora trabalha na venda de douradas.
Como quase todas as pessoas entrevistadas nesta viagem, ele afirmou que a pesca do grande bagre migrador apenas piora. “Antes dava muito, agora não dá nem 100 quilos”. Outra observação de Manoel chamou a atenção. Em 2016, pela primeira vez em seus muitos anos trabalhando com a pesca, a piracema da dourada não ocorreu. Em Santarém, a subida dos cardumes para a reprodução é esperada entre julho e agosto.