Lima Araújo enfrenta outra ação por escravidão

Ministério Público Federal está entrando com ação contra os sócios da Lima Araújo Agropecuária Ltda. e funcionários das fazendas Estrela de Alagoas e Estrela de Maceió, flagrados com a utilização de trabalho escravo
Por Redação Repórter Brasil
 10/02/2004

O Ministério Público Federal (MPF) está entrando com uma ação penal contra os sócios da Lima Araújo Agropecuária Ltda. e funcionários das fazendas Estrela de Alagoas e Estrela de Maceió, flagrados com a utilização de trabalho escravo. Entre os crimes cometidos estão formação de quadrilha, utilização de documentos falsos e redução de trabalhadores à condição análoga à de escravo (artigo 149 do Código Penal). A ação está sendo ajuizada na Justiça Federal de Marabá.

É mais uma ação contra esse grupo do Sul do Pará, que já enfrenta outra, de R$ 85,056 milhões, por danos morais coletivos, considerado o maior processo já movido contra uma empresa por trabalho escravo no Brasil. Essa ação milionária, movida pelo Ministério Público do Trabalho do Pará, teve origem em quatro fiscalizações de equipes do grupo móvel do Ministério do Trabalho e Emprego feitas naquelas fazendas desde 1998, quando foram libertados cerca de 180 trabalhadores, entre os quais nove adolescentes e uma criança em situação de escravidão. O valor corresponde a 40% do patrimônio estimado das duas propriedades, cuja principal atividade é a criação de gado.

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