Combate ao trabalho escravo premiado nos EUA

 16/06/2010

O coordenador da Campanha da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Combate ao Trabalho Escravo, o dominicano francês, Frei Xavier Plassat, foi um dos nove selecionados pelo governo dos Estados Unidos, como "herói" no combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas no mundo. Nesta segunda-feira, 14, foi lançado o relatório anual "Tráfico Internacional de Pessoas", em Washington. Participou da solenidade a secretária de Estado norte-americano, Hilary Clinton.

A homenagem acontece anualmente e é organizada pelo Departamento de Estado dos EUA, que escolhe indivíduos ao redor do mundo que se dedicam à luta contra o tráfico de seres humanos.

Os escolhidos geralmente são militantes de ONGs e movimentos sociais, legisladores, policiais e cidadãos interessados, que estão empenhados em acabar com a escravidão moderna. Eles são reconhecidos por seus esforços incansáveis – apesar da resistência da oposição, e ameaças às suas vidas – em proteger as vítimas, punir os criminosos, e sensibilizar a população contra práticas criminosas em seus países e no exterior.

Além do Frei Xavier Plassat, foram escolhidos, também, Aminetou Mint Moctar, da Mauritânia; Natalia Abdullayeva, do Uzbequistão; Linda Al-Kalash, da Jordânia; Ganbayasgakh Geleg, da Mongólia; Christine Sabiyumva, de Burundi; Sattaru Umapathi, da Índia; Irén Adamné Dunai, da Hungria; e Laura Germino, dos Estados Unidos.

O grupo permanece nos Estados Unidos até o dia 19 de junho, participando de atividades com a sociedade, governo e imprensa, a fim de sensibilizar o país e o mundo sobre a questão da escravidão contemporânea e o tráfico de pessoas. Segundo Frei Xavier, está sendo uma oportunidade de trocar experiências com os engajados de outros países, conhecendo a sua realidade, dificuldades e êxitos no combate ao trabalho escravo e ao tráfico humano.

Em dezembro de 2009, Frei Xavier, juntamente com mais dois dominicanos, Freis Henri Burin dês Roziers e Jean Raguenes foram homenageados por sua atuação social no Brasil, na luta contra o trabalho escravo e as violências agrárias. A homenagem foi idealizada pela embaixada francesa em Brasília e fez parte das comemorações do Ano da França no Brasil.
(CM)

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