A ONG Repórter Brasil lança nesta terça-feira a segunda fase do projeto Arquitetura da Gentrificação. O objetivo é investigar como acontece a privatização do espaço público decorrente de grandes eventos e projetos urbanísticos. Assim como na primeira fase, este processo será feito com base em financiamento coletivo, por meio da plataforma Catarse.
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No projeto, a ONG investigará como se dá a apropriação de ruas e praças por agentes econômicos privados em São Paulo, que acontece quando gestores da cidade colocam espaços públicos a serviço de corporações. Exemplos disso foram as Fan Fests da Fifa nas cidades-sede da Copa do Mundo no Brasil. Após a apuração, serão criados um site com os resultados detalhados do estudo (análises, documentos, vídeos, entre outros) e um documentário curta-metragem mostrando os efeitos dessa política na população.
A primeira fase do Arquitetura da Gentrificação teve início há mais de um ano com o mapeamento e divulgação do processo de gentrificação da região central de São Paulo, que mostrou consequências como o aumento de preços, a expulsão de moradores da região e a violência policial. Como resultado, foram publicadas sete reportagens, um mapa colaborativo, dois dossiês, entre outros documentos de livre acesso no site da Repórter Brasil. O sucesso do projeto foi alcançado graças ao apoio de 316 pessoas que, juntas, doaram R$ 20.117,00.
Este é o segundo projeto de jornalismo da Repórter Brasil feito com financiamento colaborativo. Trata-se de um modelo radical de transparência e independência jornalística, em que o caráter público do trabalho de apuração, produção das reportagens e sua disseminação são intensificados, tornando-o uma prestação de serviço totalmente alinhada às necessidades e interesses do público que o financiou.
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Saiba mais assistindo o vídeo do projeto:
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