4 em cada 10 marcas não se comprometem com o combate ao trabalho escravo. Descubra quais

Atualização do aplicativo Moda Livre inclui marcas como Adidas, Forever 21, Osklen e Farm. Saiba se elas exigem o cumprimento da lei trabalhista por seus fornecedores
Por Repórter Brasil
 15/12/2016

A dez dias do natal, a nova versão do aplicativo Moda Livre oferece, de forma ágil e acessível, informações sobre marcas da indústria de roupas envolvidas em casos de trabalho escravo no Brasil. O aplicativo revela quais são as empresas comprometidas com o combate ao crime e quais já foram flagradas explorando a prática.

Das 101 marcas avaliadas, 49 tiveram a pior avaliação. A ferramenta já foi considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma referência mundial no combate ao trabalho escravo na indústria de roupas.

 

Faça o download do aplicativo para iOS (Iphone) e Android.

 

O Moda Livre passa a monitorar marcas como as grifes Levi’s e Calvin Klein, a rede de fast fashion Forever 21, além das esportivas Nike, Puma, Adidas e Reebok. Companhias brasileiras relevantes no mercado como o Grupo Soma (responsável pela Farm e pela Animale) e as marcas TNG, Osklen e Cavalera, também aparecem na atualização do Moda Livre. Redes de lojas populares, como a Besni e o magazine Torra Torra, também foram contempladas.  A atualização conta com a inclusão de 27 novas empresas.

Desenvolvido pela Repórter Brasil, o aplicativo passa a avaliar as ações tomadas por 101 marcas e varejistas de vestuário para garantir que as peças fabricadas no país sejam integralmente produzidas de acordo com a legislação trabalhista. Além disso, o Moda Livre segue também monitorando empresas cuja produção de roupas já foi marcada por casos de escravidão (flagrados por fiscais do Ministério do Trabalho), como ocorreu com as marcas Handbook e Brooksfield Donna.

Metodologia

A Repórter Brasil envia um questionário-padrão a todas as marcas e grupos varejistas de moda em atividade no Brasil. O objetivo é avaliar como as empresas monitoram as condições de trabalho de seus fornecedores a partir de quatro indicadores básicos:

Políticas: compromissos assumidos pelas empresas para combater o trabalho escravo em sua cadeia de fornecimento.
Monitoramento: medidas adotadas pelas empresas para fiscalizar seus fornecedores de roupa.
Transparência: ações tomadas pelas empresas para comunicar a seus clientes o que vêm fazendo para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo.
Histórico: resumo do envolvimento das empresas em casos de trabalho escravo, segundo dados das autoridades competentes.

As repostas geram uma pontuação que classifica as empresas em três categorias: verde, amarela e vermelha. As empresas que não respondem ao questionário são automaticamente colocadas na vermelha.

Além de analisar o histórico e as ações de combate ao trabalho escravo que são tomadas pelas marcas mais relevantes no mercado de moda brasileiro, o Moda Livre também traz uma seção de notícias com matérias do site da Repórter Brasil sobre trabalho escravo na indústria de roupas. É importante ressaltar que o aplicativo não recomenda que o consumidor compre ou deixe de comprar de determinada marca ou loja.

 

O aplicativo Moda Livre está disponível gratuitamente para iPhone e Android, e sua mais recente atualização conta com o apoio da DGB Bildungswerk.

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