Educação não formal

Uma das primeiras atividades auto-gestionadas do Fórum Mundial de Educação foi uma mesa de uma profunda discussão sobre as origens dos movimentos sociais no campo da educação no Brasil e no mundo
Por A gente na rede
 01/04/2004

Uma das primeiras atividades auto-gestionadas do Fórum Mundial de Educação foi uma mesa de uma profunda discussão sobre as origens dos movimentos sociais no campo da educação no Brasil e no mundo. A pesquisadora e professora titular da Faculdade de Educação da Unicamp, Maria da Glória Gohn, é coordenadora do Grupo de Estudos sobre Movimentos Sociais, Demandas Educativas e Cidadania (Gemdec) e falou da importância de seu trabalho com grupos sociais de Campinas. Comentou também a importância da educação não formal que grupos como este levam para indivíduos de diversas comunidades. Relatou também a experiência de escolas organizadas por grupos camponeses que têm como reivindicação o direito à terra. Adão Francisco de Oliveira, outro integrante do grupo da Unicamp, contou sobre sua pesquisa no Mato Grosso.

A partir de uma ocupação de terra, a comunidade organizou um bairro chamado Jd. Nova Esperança e por ser um local invadido, não havia assistência do Estado. Então, os moradores formaram vários grupos para fornecer escolas e creches às crianças. Segundo Maria da Glória, os movimentos sociais de Campinas geraram um corte na discussão sobre educação. Perceberam que existia um grande abismo entre a necessidade de educação das populações camponesas de baixa renda e o método oferecido pelo Estado, com o qual não se identificavam. A pesquisadora ressaltou ainda a dificuldade em se obter reconhecimento por parte do Estado porque estas atividades não formais não se encaixam na filosofia e na pedagogia da escola formal. Mais informações sobre o Gemdec no site www.fae.unicamp.br/gemdec

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