O Blog da Redação da Repórter Brasil propõe publicamente um desafio ao deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) – notório representante da bancada ruralista. Em declaração veiculada pelo jornal Valor Econômico na última quinta-feira (17), o parlamentar, em sua defesa de revisão da legislação trabalhista no relançamento da Frente Parlamentar da Agropecuária, declarou o seguinte:
"Hoje, um trabalhador não pode nem comer um prato de comida na sombra de uma mangueira que configura trabalho escravo".
O desafio é bastante simples: caso seja apontado algum caso em que tenha ocorrido a caracterização de trabalho escravo apenas pelo fato de que as refeições dos empregados estavam sendo feitas na sombra da copa das árvores, o Blog da Redação se compromete a dar a mais ampla divulgação ao ocorrido.
Se, no entanto, nenhum caso dessa natureza for apresentado pelo congressista, Moreira Mendes deverá registrar formalmente que não foi possível verificar registros factuais do que ele tem dito. Aguardamos um posicionamento.
Imprensa e escravidão
Outro tema aparece com destaque no Blog da Redação. A rede de televisão norte-americana CNN e o jornal britânico The Independent tomaram parte no combate à escravidão contemporânea e ao tráfico de pessoas.
Foi lançado, neste ano, o The CNN Freedom Project, que reúne reportagens especiais sobre o tema e indica formas pelas quais cidadãs e cidadãos podem agir no sentido de colaborar para o enfrentamento prático ao problema. Há declarações de apoio de celebridades e manifestações de pessoas comuns, bem como explicações sobre a dificuldade der projetar qualquer estimativa do número de pessoas escravizadas no mundo. Sem deixar de lado a descrição dos intermediários do tráfico e entrevistas com vítimas e autoridades que se recusam a admitir a existência do problema, como é o caso do Secretário do Trabalho da Índia, Prabhat C. Chaturvedi.
Já o The Independent, por meio de sua edição dominical, endossa a campanha para que o primeiro-ministro britânico David Cameron ratifique a adesão do governo com relação às novas diretrizes de combate ao tráfico de pessoas estabelecidas pela União Europeia (UE). As novas diretrizes foram aprovadas em dezembro do ano passado pela larga maioria dos países que fazem parte do Parlamento Europeu. Apenas a Grã-Bretanha e a Dinamarca ainda não aderiram. Outros 25 países-membros da UE aceitaram o prazo de dois anos para implementar as medidas previstas, que buscam prevenir, julgar os responsáveis e dar assistência às vítimas do crime.
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