ONG Repórter Brasil

 12/10/2010

Missão da Repórter Brasil

Identificar e tornar públicas situações que ferem direitos trabalhistas e causam danos socioambientais no Brasil visando à mobilização de lideranças sociais, políticas e econômicas para a construção de uma sociedade de respeito aos direitos humanos, mais justa, igualitária e democrática.

A História da Repórter Brasil

Quem somos
A Repórter Brasil foi fundada em 2001 por jornalistas, cientistas sociais e educadores com o objetivo de fomentar a reflexão e ação sobre a violação aos direitos fundamentais dos povos e trabalhadores do campo no Brasil. Devido ao seu trabalho, tornou-se um das mais importantes fontes de informação sobre trabalho escravo no Brasil. Suas reportagens, investigações jornalísticas, pesquisas e metodologias educacionais têm sido usadas por lideranças do poder público, do setor empresarial e da sociedade civil como instrumentos para combater a escravidão contemporânea, um problema que afeta milhares de brasileiros.

Por que o trabalho da Repórter Brasil é importante
O Brasil deve se tornar a quinta maior economia do mundo nos próximos cinco anos, em grande parte por conta do crescimento da produção, processamento e comercialização de matérias-primas e alimentos. Por outro lado, os impactos sociais (como trabalho escravo, trabalho infantil e violência contra comunidades indígenas e quilombolas) e ambientais (como desmatamento, contaminação de cursos d’água e poluição do ar) negativos causados pelo desenvolvimento no campo estão no centro da agenda internacional. Não apenas pelos danos que podem causar ao meio ambiente, ao clima, aos trabalhadores e às populações tradicionais, mas também pelos problemas trazidos por barreiras comerciais impostas a mercadorias produzidas de forma não-sustentável. Informação de qualidade é essencial para o país evitar prejuízos sociais, ambientais e econômicos, por isso a importância do trabalho da Repórter Brasil crescerá na mesma medida em que o país crescer.

Estrutura
A Repórter Brasil possui duas grandes áreas de atuação que reúnem todos os seus projetos: uma que trabalha com Jornalismo e Pesquisa, produzindo informação e análises para servir de ferramenta e subsídio a lideranças sociais, políticas e econômicas. A outra, Metodologia Educacional, desenvolve ferramentas para que o conhecimento sobre direitos socioambientais e trabalhistas seja passado a estudantes e trabalhadores. Duas outras áreas existem para dar suporte às duas primeiras e não têm ações próprias: uma de Articulação e outra reunindo os setores administração e financeiro. A Repórter Brasil tem suas contas analisadas por auditoria independente anualmente.

Qual o nosso diferencial
Além de ter suas pautas no centro da agenda mundial, o diferencial da Repórter Brasil reside em sua capacidade de analisar realidades e antecipar tendências e de produzir conhecimento que se torna referência para lideranças sociais, políticas e econômicas. A Repórter Brasil une paixão pela defesa da liberdade dos trabalhadores e a dignidade dos povos do campo com o profissionalismo de quem produz com todo o rigor técnico e científico. Sua independência na produção de conteúdo também garante um diálogo com organizações e os movimentos sociais, o poder público e o setor empresarial. Por fim, possui uma rede com dezenas de organizações parceiras e centenas de fontes de informação no Brasil e no exterior, das vítimas no campo a lideranças no governo e no setor empresarial.

Programas da Repórter Brasil

A Repórter Brasil possui quatro programas principais: Agência de Notícias, Pesquisa em cadeias produtivas, “Escravo, nem pensar!” e Agrocombustíveis e commodities. A elas soma-se um trabalho de articulação política para aumentar o impacto das ações dos programas junto ao seu público, ou seja, junto a lideranças sociais, políticas e econômicas.

Área de Jornalismo e Pesquisa

A) Agência de Notícias: A voz dos excluídos
Uma das principais fontes de informação sobre questão agrária, trabalho rural e meio ambiente, a Agência de Notícias da Repórter Brasil (www.reporterbrasil.org.br) tem uma audiência de 450 mil visitantes/mês, um boletim que atinge 50 mil pessoas/semana e um programa de rádio veiculado para mais de 120 mil pessoas. Possui dois sites especializados: um voltado para envolver o setor empresarial no combate ao trabalho escravo, com um boletim que chega a empresários que representam 25% do PIB brasileiro (www.pactonacional.com.br); outro que trata de impactos de agrocombustíveis (www.agrocombustiveis.org.br) e que também conta com uma versão em inglês, sendo consultado por empresas, organizações e governos do Brasil, Europa, Estados Unidos, China e Japão. A Agência de Notícias possui leitores em 78 países nos cinco continentes. Suas reportagens de fôlego e seus furos jornalísticos pautam grandes veículos de comunicação nacionais e internacionais. Suas matérias são usadas para o desenvolvimento e a aprovação de leis no Congresso Nacional, Assembléias Estaduais e Câmaras dos Vereadores e suas denúncias levam os governos federal, estaduais e municipais a corrigirem violações aos direitos fundamentais dos povos do campo. Seu conteúdo, distribuído gratuitamente, ajuda a formar os integrantes de organizações e movimentos sociais de todos os estados do país.

B) Pesquisa em cadeias produtivas: investigação com função social
A Repórter Brasil desenvolveu uma metodologia para identificação e rastreamento de cadeias produtivas que apresentam graves problemas sociais, trabalhistas e ambientais. Desde 2003, já mapeou as redes comerciais de mais de 450 propriedades rurais, mostrando como grandes empresas compram e vendem produtos envolvidos em crimes sociais e ambientais sem ter conhecimento disso. Os resultados de suas pesquisas geraram a informação necessária para a criação de políticas de combate às graves violações aos direitos dos povos e trabalhadores do campo. Deram origem ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, que congrega mais de 100 empresas e associações para erradicar a escravidão da economia brasileira, contribuíram com a Moratória da Soja, os pactos Conexões Sustentáveis, os acordos do Greenpeace e do Ministério Público Federal com frigoríficos para combater os impactos da pecuária na Amazônia brasileira, entre outros. Essa metodologia ser tornou referência, copiada em outros países.

C) Agrocombustíveis e commodities: O centro de referência

Uma das principais referências no Brasil em pesquisas e informações sobre o comportamento das culturas agroenergéticas (cana de açúcar, soja, mamona, dendê etc) e dos agrocombustíveis (etanol e biodiesel), e sobre seus impactos socioambientais, trabalhistas, fundiários e econômicos, o Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis (CMA) da Repórter Brasil publicou, desde 2008, nove relatórios abrangentes sobre o tema, em português, inglês e espanhol, distribuídos na Alemanha, Holanda, França, Bélgica, Espanha, Portugal, Reino Unido, Itália, Suíça, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina, Venezuela, Estados Unidos. Para realizar seu trabalho de pesquisa, o CMA percorreu mais de 100 mil km em 17 estados, e firmou parcerias com mais de 50 organizações. Suas pesquisas têm repercutido em veículos de comunicação de grande abrangência e sido usadas como referência por universidades brasileiras e estrangeiras e por empresas nacionais e multinacionais.

Área de Metodologia Educacional

“Escravo, nem pensar!”: educação para a liberdade
O “Escravo, nem pensar!”, primeiro programa de prevenção ao trabalho escravo a atuar em âmbito nacional, já formou mais de 2 mil educadores e lideranças populares em 40 municípios de seis Estados brasileiros das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Por meio de projetos educacionais e atividades comunitárias desenvolvidos pelos participantes, as informações a respeito do trabalho escravo rural contemporâneo e o debate a respeito das questões relacionadas a esse problema atingiram aproximadamente 60 mil pessoas. Nos últimos três anos, o programa tem apoiado técnica e financeiramente o desenvolvimento de 50 projetos comunitários de prevenção e conscientização sobre essa violação de direitos humanos. Foram distribuídos gratuitamente mais de 70 mil exemplares de publicações didáticas produzidas pelo programa. E os encontros, festivais e concursos escolares apoiados reuniram mais de 20 mil pessoas em três estados do país. O programa também foi incluído nominalmente na segunda edição do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo e consta como meta ou ação de planos estaduais como os do Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão.

Leia os Objetivos, os Princípiose o Estatuto e veja quem faz parte da Diretoria.

 

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