Quem participa?

 06/06/2014

Voltar para Eles Mandam

Os Conselhos de Administração das empresas de capital aberto, com ações negociadas em Bolsa de Valores, têm feito melhorias ao longo dos últimos anos, mas há ainda uma série de pontos que ainda precisariam ser aperfeiçoados. A presença feminina é tímida ao extremo. Divulgado no fim do ano passado, um estudo da KPMG aponta que, em 2013, 5% das empresas que participam do Novo Mercado tinham mulheres entre seus conselheiros. Nos níveis 1 e 2 de governança corporativa, esse percentual era, respectivamente, de 5% e 7%, sendo que as empresas que não se inserem nesses segmentos especiais tinham 8% de mulheres no Conselho. Os dados do estudo foram apurados com base em 232 Formulários de Referência das empresas abertas no Novo Mercado, Níveis 1 e 2 e as 50 mais negociadas do segmento Tradicional da BM&FBovespa.

Outro ponto a ser observado é o número de conselheiros independentes, ou seja, aqueles que não têm vínculo direto com a empresa, não sendo acionista ou tendo algum relacionamento com os donos. Segundo esse estudo, mas empresas do Novo Mercado a participação de conselheiros independentes é de 34%. Nas empresas de Nível 1 e 2, esses percentuais caem para 11% e 30%. Já nas companhias tradicionais está em 9%. O menor número de independentes reforça a concentração de poderes nos acionistas controladores.

A recomendação dos órgãos de governança corporativa é de que metade de um Conselho seja formada por conselheiros independentes, sem elos com os acionistas. Nos Estados Unidos, há empresas em que mais de 70% dos conselheiros são independentes. A Bolsa de Nova York (Nyse) exige que os conselheiros independentes sejam maioria. No Brasil, não existe essa imposição, o que acaba fortalecendo os grandes grupos acionistas.

Voltar para Eles Mandam

APOIE

A REPÓRTER BRASIL

Sua contribuição permite que a gente continue revelando o que muita gente faz de tudo para esconder

LEIA TAMBÉM