Velhos problemas também são resolvidos por meio de avançadas tecnologias digitais. É o que prova a Cidade do Conhecimento (www.cidade.usp.br). O criador do projeto, o professor Gílson Schwartz, do Instituto de Estudos Avançados da USP, revolta-se quando alguém define a Cidade como “virtual”, só porque usa a internet como ferramenta para as discussões. “Ela trabalha com problemas concretos”, afirma. Para o professor, o conceito de inclusão digital é algo ultrapassado, já que as pessoas acabariam programando suas ações de acordo com a tecnologia existente. Schwartz pensa justamente o contrário. “Não se deve digitalizar a vida. A vida tem de melhorar”, e as tecnologias digitais constituem uma das formas. A Cidade do Conhecimento pode ser compreendida, então, como um centro de pesquisa sobre essas novas tecnologias. Mas ainda vai além, já que pretende gerar uma cooperação, pela rede, entre estudantes e trabalhadores de todos os níveis. Segundo Schwartz, o projeto atua em diversas frentes. Uma delas consiste na criação de padrões de qualidade para criticar as experiências de informática pública e comunitária no Brasil, utilizadas pelo Congresso de Informática Pública (CONIP). Outro bom exemplo é a participação de pesquisadores da Cidade no projeto de educação do governo estadual, analisando o emprego de tecnologias digitais nas escolas. Existe ainda uma frente que abarca iniciativas que pensam os problemas econômicos do país, como o Dicionário do Trabalho Vivo. Pela internet, estudantes e profissionais dos mais diversos ramos trocam idéias sobre o tema “mercado de trabalho”, produzindo conhecimento e auxiliando na formação das pessoas. |