A luta dos tuaregues da Chapada Diamantina já atraiu a atenção nacional por seu potencial de resistência face à falta de estrutura com que o grupo convive diariamente. Combatendo incêndios florestais descalços e com equipamentos insuficientes, lutando contra o garimpo, controlando o turismo e conscientizando a população local do valor da preservação ambiental, esses guerreiros receberam, entretanto, muito pouco apoio das entidades que dispõem de recursos. Segundo José Carneiro Bruzaca, diretor do Parque Nacional da Chapada Diamantina, que já reclamava da situação precária da infra-estrutura de preservação da área em outubro de 2000, data da conclusão da reportagem, “tudo continua a mesma coisa”. O IBAMA não enviou sequer um funcionário para reforçar o contingente de fiscais do parque, que é insuficiente.
A despeito da falta de suporte, os tuaregues, juntamente com a Associação de Condutores de Visitantes da Chapada Diamantina, estão empreendendo uma nova investida contra os incêndios. Entitulada “Chapada sem chama”, a campanha busca principalmente a conscientização do grande volume de turistas que durante o ano todo invade a região.
Assim, continua cabendo aos voluntários do GAP, a segunda melhor brigada de combate a incêndios florestais do país, que combatam o fogo nas matas e o descaso dos órgãos ditos competentes.