Juscelino Santos é o guerreiro mais “enquentado” do grupo. Parte para a briga se necessário. Contudo, ironicamente, é ele quem cuida da horta tuaregue, que fica em terreno emprestado por um simpatizante do movimento. A fama de nervoso cai por terra quando se avista Juscelino sorrindo com um regador na mão.
Não usam nenhum agrotóxico ou produto químico, apenas esterco. E conseguem bons resultados: mamão, maracujá (aquele doce), jabuticaba, manga e uma porção de outras frutas, legumes, verduras e ervas medicinais – tudo em grande quantidade. A horta é colorida por uma dezena de espécies de flores e irrigada a partir da água do rio Negro, que passa ao lado. “A próxima cultura vai ser uva”, avisa Juscelino.
Existe um projeto para a instalação de hortas familiares para ajudar a diminuir a pobreza da região, usando apenas técnicas de cultivo orgânicas. Porém, está empacado por falta de recursos.