Joás é o líder-fundador e a alma do grupo. Foi a partir dele que começou a tradição dos tuaregues da Chapada. “Gostamos dos tuaregues do deserto por terem sido um povo guerreiro, que lutava por seu lugar. Eles são um exemplo para nós.” Além disso, o turbante, tanto lá como aqui, tem uma função comum: a de proteger a cabeça do sol e da poeira. Todos os que mantêm o costume dos panos coloridos tem vastas cabeleiras que precisam mesmo ser protegidas do clima arretado do interior da Bahia.
Ele não gosta de revelar a idade, que só surge após um bom tempo de garimpo verbal – 37 anos. Pai de dois filhos e separado, parece que tem menos idade, não só pela aparência (a fisionomia, ironicamente, se assemelha muito a de um berbere do norte da África) como por seu comportamento, jovem e brincalhão.
Trata as outras pessoas como “guerreiro!” ou “guerreira!”, mas tem um ar tranqüilo e sereno. Joás é daquelas figuras que despertam algo em nós. Seus ideais, histórias e ações chegam a criar um desejo de largar tudo, arranjar um turbante e ficar por lá mesmo.