Professor de sociologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Emir Sader teve uma participação importante no Fórum Mundial de Educação. Apoiado em dados de pesquisas da ONU (Organização das Nações Unidas), relatou a nossa realidade, a realidade dos que moram na periferia.
O último relatório da ONU aponta que grande parte da pobreza se concentra na periferia das grandes cidades. Essa pobreza, junto com o desemprego, leva cada vez mais pessoas para atividades informais. De um modo geral, a miséria, a pobreza e o desemprego são problemas que atingem vários países. Os dados apresentados pelo professor demonstram que a periferia é igual no mundo todo, apresentando os mesmos problemas.
O modo como Emir Sader descreve essa realidade, nos faz enxergar como os jovens da periferia precisam ter mais espaço para buscarem alternativas que possibilitem que eles se realizem profissionalmente e construam uma sociedade mais humana e igual para todos. Ainda vivemos numa sociedade em que os interesses da maioria não são atendidos, fazendo com que essas pessoas sejam excluídas.
Segundo ele, para que o jovem que vive nas periferias consiga se desenvolver é preciso que se invista nele. “Precisamos reconstruir, levar luz, criar espaços para os jovens da periferia”. Só assim os jovens não serão “consumidores capitalistas de shoppings centers”, espaços definidos pelo professor como exemplo da mercantilização do espaço púbilco, de um modelo norte-americano desconectado da cidade, excludente e privatizado.
Uma cidade começa a ser realmente educadora quando der oportunidade para que todos possam viver dignamente, independente de classe social, etnia, raça e credo e quando se começar a trabalhar para acabar com as desigualdades que dia-a-dia matam os sonhos de milhares de pessoas de se viver em condições melhores.
Adriana Regina