Depois de 50 dias de operação na Destilaria Gameleira, em Confresa (MT), o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego concluiu, na ultima semana, ação deretirada de 1.003 trabalhadores de condições análogas à escravidão. A destilaria teve que pagar aos trabalhadores R$ 1 milhão e 450 mil em ndenizações trabalhistas e providenciar o retorno deles aos seus estados de origem.
maioria havia sido aliciada nos estados do Piauí, Maranhão, Pernambuco e Alagoas com promessas de bons salários. A fiscalização chegou ao local no dia 15 de junho e encontrou centenas de pessoas trabalhando em péssimas condições, com salários atrasados e endividados. Segundo Humberto Célio, coordenador do Grupo, os trabalhadores estavam em situação "extremamente degradante", amontoados em alojamentos superlotados em condições insalubres.
Os trabalhadores foram aliciados com falsas promessas de bons salários, alojamentos e alimentação de qualidade. Também era prometidoSeguro-Desemprego no final da safra. Chegando ao local, viram que a realidade era outra e o contrato não dava direito não Seguro. Diante da
insatisfação eles não tinham como sair do local porque somente teriam transporte de retorno aos estados de origem no final da safra, prevista
para o mês de setembro", informou o auditor.
A Destilaria Gameleira é de propriedade do empresário Eduardo Queiroz Monteiro. Esta é a quarta vez que é autuada pelo Grupo Móvel. Nesta última operação foram lavrados 48 autos de infração, com valor estimado em R$ 800
mil. Auditores do INSS também estiveram na empresa e a autuou em R$ 758 mil por não recolhimento previdenciário.
Esta foi a maior operação do Grupo Móvel e contou com o apoio da Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho, por meio da Vara de São Félix do Araguaia (PA).