Acontece esta semana em Fortaleza a 4a Expo Brasil Desenvolvimento Local, que reúne profissionais e pesquisadores brasileiros e estrangeiros ligados ao tema. A idéia é possibilitar o intercâmbio e o estabelecimento de novas parcerias entre iniciativas locais de combate à pobreza que acontecem pelo Brasil inteiro. Experiências como a do Banco Palmas, que oferece um sistema integrado de crédito, produção, comércio e consumo (e inclusive uma moeda própria, o SOL) a moradores do Conjunto Palmeira, na periferia de Fortaleza. Ou o Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Local, que visa transformar jovens da Bacia do Goitá (PE) em protagonistas do desenvolvimento da sua região. Ou ainda a Agência de Desenvolvimento da Cidade de Deus, que busca organizar os diversos grupos comunitários da favela para que, juntos, eles tenham mais força para propor políticas públicas.
Durante o evento está sendo apresentado o Projeto Política Nacional para o Desenvolvimento Local, que foi encomendado pelo governo federal ao Instituto de Cidadania de São Paulo e deve ser concluído no início do próximo ano. A idéia é criar as bases para um plano integrado que possa institucionalizar e apoiar essa pluralidade de iniciativas que surgem no país. Segundo Ladislaw Dowbor, coordenador do projeto, o estudo está centrado em oito eixos temáticos: financiamento, tecnologia, desenvolvimento institucional, informação, comunicação, capacitação, emprego e inclusão social e, finalmente, sustentabilidade. Vários especialistas e instituições da sociedade civil nessas diferentes áreas estão contribuindo para a elaboração do documento.
O Desenvolvimento Local é uma abordagem ao Desenvolvimento baseada em iniciativas que têm como centro as iniciativas locais que nascem nas comunidades. Cada vez mais popular nos últimos anos, esse modelo “de baixo para cima” surge como uma alternativa ao clássico modelo Fordista de desenvolvimento, que se mostrou ineficaz e injusto. Mais informações no site http://expo.rededlis.org.br.