Carta – Luis

 04/05/2006

Fico impressionado como a verdade pode ser tão distorcida. Venham ver, venham conhecer. De uma cidade grande ou de dentro de uma universidade, especialmente usando óculos com grossas lentes comunistas não se consegue ver a realidade jamais. Chamar aquele agricultor de grileiro? Venha ver… Dourados não fica tão distante assim… certamente você será muito melhor recebido por ele do que pelos indígenas, ele certamente estará sóbrio. Peça a ele para contar sua história, do esforço que fez para ter algo. Lembram-se dos bebês que morreram de desnutrição ano passado em Dourados? São da mesma etnia… Crianças esquecidas pelo governo? Não, filhos de pais que não cultivam a terra que tem, que trocam as cestas básicas que recebem por cachaça… Lembram-se dos suicídios dos Kaiowás nos anos 90? Ninguém os matava, ninguém distribuia kits com corda e cachaça para que tirassem a vida. Eles tem uma cultura de sublimação da morte. E como o mundo mudou e hoje não basta colher do pé e caçar, é preciso suar a camisa, era o que estes jovens faziam. Basta vir e ver de perto, tirar os óculos que os antropólogos e as ONG´s extrangeiras impõe.

Quem ouve os relatos dramáticos dos antropólogos imagina os indígenas citados como de uma cultura pura, destituída de maldade… pobres coitados, sempre explorados. Quem mora na região sabe do modus vivendi dos indígenas, basta olhar para as terras que já possuem, terras férteis… pouco produzem, querem tudo dado, de graça. Quem trabalha um pouco são as mulheres, essas sim são exploradas, pelos próprios maridos. Quem lê uma opinião assim pode pensar que é preconceito, mas é mera constatação de fatos. A coisa é assim… Venha conhecer. Bem, eu não tenho 1 cm de terra, preciso trabalhar 6 dias por semana, pago impostos absurdos como a maioria dos brasileiros. O que fazer? Pintar o corpo, usar um cocar e exigir uma fazenda para mim porque sou explorado pelo sistema que não me deixa outra alternativa senão trabalhar para ganhar meu pão? Índio é gente como qualquer outro. Mas criou-se uma cultura de que eles só tem direitos, jamais responsabilidades. Enquanto forem tratados desta forma a situação só piorará. Além disso, a área que estão pleiteando nunca foi uma aldeia, oca ou casa de reza, há estudos sobre isso. Trata-se de invasão, idêntica ao que faz o MST, espólio mesmo. O proprietário da área não é um latifundiário e sim um fazendeiro mediano para os padrões regionais, que comprou legalmente a terra, possui escritura e trabalha honestamente em sua profissão. Quem vai ressarci-lo pelo prejuízo que teve até agora? Quanto à questão dos policiais brutalmente assassinados a pauladas os índios, antes de mudar a versão para esta que a reportagem cita, disseram que "pensaram que eram seguranças da fazenda", por isso os mataram a pauladas e com tiro de carabina calibre 12. Certo. Então quer dizer que se fossem seguranças da fazenda poderiam ser mortos sem problema? Dizer que os policiais invadiram atirando é um tanto estranho, pois seus corpos estavam na estrada, o policial gravemente ferido que sobreviveu estava também na estrada. Tanto que um agricultor, passando pelo local de carro e vendo os corpos e o ferido, acionou os bombeiros por telefone. Isto foi divulgado pela imprensa local, que conhece de fato a realidade da situação. Causa estranhesa que se os policiais entraram atirando, experientes como são e atingiram um dedo do pé de um indio apenas… certo. Um dedo do pé… Ah sim! O "capitão" estava tomando banho do outro lado do rio. Logo dirão que os três policiais pararam o carro, pegaram pedaços de pau e matara-se um ao outro diante dos índios que pacíficos e inocentes como são, assistiram àquilo impressionados. Ademais, se aquela terra é indígena, então se seguirmos a mesma lógica precisamos devolver o Brasil todo a eles ou talvez pagar arrendamento.

Luiz

Voltar para a matéria Artigo- Comentários sobre os Guarani Kaiowá beiram má-fé

APOIE

A REPÓRTER BRASIL

Sua contribuição permite que a gente continue revelando o que muita gente faz de tudo para esconder

LEIA TAMBÉM