A exposição fotográfica "Fiscalização do Trabalho – Uma década de combate ao trabalho escravo (1995-2005)", que será inaugurada nesta segunda-feira, 08 de maio, em Brasília, aborda a escravidão contemporânea do ponto de vista dos que trabalham combatendo essa realidade. As fotografias retratam todas as etapas da atividade do auditor fiscal, da chegada às fazendas (em geral, localizadas em regiões de difícil acesso) até a libertação de trabalhadores.
"A imagem tem um grande poder. As fotos dos auditores exercendo a fiscalização e a situação na qual os trabalhadores são encontrados talvez possa convencer quem ainda nega esse problema", avalia Rosa Maria Jorge, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, organizador da exposição.
A mostra marca os dez anos de combate ao trabalho escravo. Em 1995, o governo federal brasileiro reconheceu diante da Organização Internacional do Trabalho a existência dessa prática no país e criou os grupos móveis para combatê-la.
Além de fotografias tiradas pelos auditores fiscais durante as ações, há também imagens do fotógrafo profissional João Ripper, que acompanhou o grupo móvel de fiscalização diversas vezes. A idéia dos organizadores é tornar a exposição uma mostra itinerante e percorrer o país.
A exposição acontece na mesma semana do 13 de maio, dia em que a lei Áurea completa 118 anos. "Apesar de a abolição ter sido decretada em 1888, ainda existe escravidão no Brasil e muita gente ainda duvida", ressalta Rosa.
Fiscalização do Trabalho – Uma década de combate ao trabalho escravo: Espaço Mário Covas – Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Entre 08 e 12 de maio, das 9h às 19h. O lançamento oficial será no dia 10, às 19h.