As empresas varejistas e atacadistas devem pedir um posicionamento do Frigorífico Bertin, atual proprietário do Frigorífico Marabá, e não do Frigoclass a respeito de compras de gado de fazendas da “lista suja” do trabalho escravo no Pará.
Em 2004, a Repórter Brasil identificou as empresas que faziam parte da cadeia produtiva do trabalho escravo. Nessa época, o Frigorífico Marabá controlava o Frigoclass. Por isso, o Marabá, localizado no município de mesmo nome, utilizava sua marca em conjunto com a marca Frigoclass – que contava com uma unidade em Promissão, interior do Estado de São Paulo.
Contudo, em fevereiro de 2005, o empresário britânico Terry Johnson comprou por oito milhões de dólares a unidade paulista, ficando com a marca Frigoclass. A unidade da cidade paraense do Frigorífico Marabá também foi vendida e mudou de nome, mas ao grupo Bertin – o maior exportador de carne do Brasil, segundo seu site na internet.
A Repórter Brasil afirmou, em outubro de 2005, que o Frigoclass tinha relação com o grupo econômico que comercializava produtos dessas fazendas. Isso de fato ocorreu, mas apenas até o ano de 2004.
Dessa forma, é importante ressaltar que, de acordo com o estudo da Repórter Brasil, não há nenhum registro de que o Frigoclass, em Promissão, comprava de fazendas flagradas com trabalho escravo.
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