Um levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) em 27 capitais e divulgado no ano passado mostra que 22,6% dos alunos da rede municipal e estadual de ensino já haviam usado algum tipo de droga pelo menos uma vez na vida e que 3% deles faziam uso freqüente (seis ou mais vezes nos 30 dias que antecederam a pesquisa). As porcentagens a seguir referem-se, respectivamente, a estudantes que usaram a droga uma vez na vida e com uso freqüente: solventes, 15,5% e 1,5%; maconha, 5,9% e 0,7 %; cocaína, 2% e 0,2%; crack 0,7% e 0,1%; anfetamínicos 3,7% e 0,5%; ansiolíticos (tranqüilizantes) 4,1% e 0,4%. E as drogas legais: álcool, 65,2% e 11,7% e o tabaco, 24,9% e 3,8%. A pesquisa envolveu os ensinos fundamental (a partir da 5a série) e médio. Há 4,7 milhões de estudantes nessa faixa na rede pública.
De acordo com o estudo, o uso de drogas não é exclusividade de determinada classe socioeconômica, distribuindo-se regularmente por todas elas.