O Grupo Especial Móvel de Fiscalização encontrou, na semana passada, 334 trabalhadores em condições degradantes de trabalho, na fazenda São Martinho, da Siderúrgica Marabá, no município de São Bento, extremo Norte de Tocantins. Todos trabalhavam na plantação de eucalipto.
De acordo com o auditor fiscal do trabalho e coordenador do grupo, Humberto Célio Pereira, os trabalhadores foram encontrados em condições precárias de alojamento, sem água potável e estrutura sanitária, alimentos estragados, transporte inadequado e com as carteiras de trabalho retidas.
A fazenda São Martinho era signatária da carta de compromisso firmada em 13 de agosto de 2004, por vários proprietários de fazendas, que se comprometeram a extinguir o trabalho escravo na cadeia produtiva do carvão.
Do total de trabalhadores encontrados em situação degradante, 67 deles eram de outra região e, além de serem encaminhados para sua cidade de origem, receberam três parcelas do seguro desemprego no valor de um salário mínimo cada.
Os demais trabalhadores moravam na região e foram afastados até que as condições de trabalho sejam adequadas. Enquanto isso, continuarão recebendo seus salários. A siderúrgica foi autuada e responderá civil e criminalmente na Justiça.