Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A única forma de a Câmara dos Deputados votar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Trabalho Escravo é inclui-la na pauta de votações, mesmo sem consenso entre os deputados federais. A avaliação é do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).
A emenda, que prevê a expropriação da terra onde for constatado trabalho escravo, foi aprovada no Senado e em primeiro turno na Câmara, mas aguarda há dois anos a aprovação em segundo turno pelos deputados.
"Não há acordo nesta Casa para votação da PEC do Trabalho Escravo. A melhor solução não é trancar ou engavetar, é jogar para o plenário decidir", disse Greenhalgh, antes da reunião parlamentar de Direitos Humanos do Mercosul.
Na semana passada, quatro entidades lançaram uma campanha que busca pressionar os deputados federais a aprovarem a proposta. Elas divulgaram um cartaz com o placar "Liberdade 0x0 Escravidão" e o e-mail de todos os deputados federais (513). Após a votação da PEC no Congresso Nacional, será lançados outro cartaz com os nomes dos parlamentares que votaram a favor e contra a proposta.