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Governo brasileiro vê protecionismo por trás de denúncias de escravidão

BRASÍLIA e RIO. Os ministros do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e do Trabalho, Luiz Marinho, reagiram duramente à denúncia recebida pelo Congresso americano de que indústrias automobilísticas dos Estados Unidos estariam usando, na Amazônia, carvão vegetal produzido por mão-de-obra escrava. Furlan afirmou desconfiar desse tipo de informação, especialmente agora que o Brasil vem se tornando cada vez mais competitivo no mercado internacional. Já Marinho aconselhou que os EUA se preocupem com seus problemas. – O Congresso americano que se preocupe com os americanos. Do trabalho brasileiro, nós damos conta. Eles que se preocupem com seus problemas, com a guerra do Iraque. O Brasil é referência internacional nessa área – afirmou Marinho. Os congressistas democratas Eliot Engel e Dennis Kucinich pedirão que o Congresso americano instale audiência para investigar o caso, informou segunda-feira a Bloomberg News. – Quanto mais competitivo for nosso país, mais entraves nos serão colocados. Os países vão melhorando e acabam incomodando setores que estavam acomodados – disse Furlan. Segundo ele, se há denúncias, estas são investigadas pelos ministérios do Trabalho e da Justiça. Ele citou como exemplo de informações inverídicas a respeito do Brasil o desmatamento de áreas preservadas pelas indústrias de siderurgia e celulose e a suposta destruição da Amazônia por fornecedores da rede de lanchonetes McDonald's. Americanos querem acompanhar investigaçõesTrês representantes da Embaixada americana estiveram reunidos, ontem, no Ministério do Trabalho, com a secretária de Inspeção, Ruth Villela, para saber como poderiam acompanhar a fiscalização no Brasil. Segundo o coordenador nacional de erradicação do trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho (MPT), Luís Camargo, presente à reunião, foi uma conversa preliminar, para saber como vão as ações contra essa forma degradante de ocupação: – Há mais de uma década combatemos o trabalho escravo. Este ano, até novembro, foram resgatados 2.700 trabalhadores em situação análoga à de escravos. O pior setor não é o de siderurgia. As denúncias estão mais concentradas na pecuária e na agricultura, principalmente nas culturas de soja e algodão. Segundo Camargo, o trabalho feito no Brasil é elogiado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), embora a situação ainda seja crítica no Maranhão e no Pará: – Vejo muitos interesses econômicos envolvidos.

BRASÍLIA e RIO. Os ministros do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e do Trabalho, Luiz Marinho, reagiram duramente à denúncia recebida pelo Congresso americano de que indústrias automobilísticas dos Estados Unidos estariam usando, na Amazônia, carvão vegetal produzido por mão-de-obra escrava. Furlan afirmou desconfiar desse tipo de informação, especialmente agora que o Brasil vem se tornando cada vez mais competitivo no mercado internacional. Já Marinho aconselhou que os EUA se preocupem com seus problemas.

– O Congresso americano que se preocupe com os americanos. Do trabalho brasileiro, nós damos conta. Eles que se preocupem com seus problemas, com a guerra do Iraque. O Brasil é referência internacional nessa área – afirmou Marinho.

Os congressistas democratas Eliot Engel e Dennis Kucinich pedirão que o Congresso americano instale audiência para investigar o caso, informou segunda-feira a Bloomberg News.

– Quanto mais competitivo for nosso país, mais entraves nos serão colocados. Os países vão melhorando e acabam incomodando setores que estavam acomodados – disse Furlan.

Segundo ele, se há denúncias, estas são investigadas pelos ministérios do Trabalho e da Justiça. Ele citou como exemplo de informações inverídicas a respeito do Brasil o desmatamento de áreas preservadas pelas indústrias de siderurgia e celulose e a suposta destruição da Amazônia por fornecedores da rede de lanchonetes McDonald's.

Americanos querem acompanhar investigações
Três representantes da Embaixada americana estiveram reunidos, ontem, no Ministério do Trabalho, com a secretária de Inspeção, Ruth Villela, para saber como poderiam acompanhar a fiscalização no Brasil. Segundo o coordenador nacional de erradicação do trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho (MPT), Luís Camargo, presente à reunião, foi uma conversa preliminar, para saber como vão as ações contra essa forma degradante de ocupação:

– Há mais de uma década combatemos o trabalho escravo. Este ano, até novembro, foram resgatados 2.700 trabalhadores em situação análoga à de escravos. O pior setor não é o de siderurgia. As denúncias estão mais concentradas na pecuária e na agricultura, principalmente nas culturas de soja e algodão.

Segundo Camargo, o trabalho feito no Brasil é elogiado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), embora a situação ainda seja crítica no Maranhão e no Pará:

– Vejo muitos interesses econômicos envolvidos.


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