Vinte pessoas ganharam a liberdade ao serem resgatadas da fazenda Iraque, em Eldorado dos Carajás (PA), pelo grupo móvel de fiscalização do governo federal nesta terça-feira (6). Há uma semana, a comida fornecida pela cantina do local havia acabado e os peões comiam apenas farinha e carne de animais que conseguiam caçar. Entre os libertados da escravidão, havia um adolescente de 17 anos e uma mulher, que estava acompanhada de suas duas filhas, de 8 e 10 anos.
A Iraque, com 2,5 mil hectares de área, pertence a Aurélio Anastácio de Oliveira e é reincidente nesse tipo de crime. Em maio de 2006, o grupo móvel de fiscalização do governo federal libertou 16 trabalhadores escravos na propriedade. Desta vez, para encontrar o alojamento dos empregados, a equipe teve que percorrer cinco quilômetros a pé desde a sede da fazenda, pois uma ponte havia desmoronado com o excesso de chuvas, impedindo o acesso mais curto. Segundo o coordenador da ação, o auditor fiscal Humberto Célio Pereira, os trabalhadores dormiam em uma pequena casa abandonada, sem privada ou chuveiro. "Não havia condições de habitabilidade", descreve.
A maioria dos peões chegou ao local em janeiro, mas alguns faziam a limpeza do pasto para a criação de gado desde outubro de 2006. Todos estavam sem receber salário e acumulavam dívidas na cantina – ações que impedem o empregado de deixar a propriedade.
De acordo com a equipe de fiscalização, a fazenda não registrava seus empregados, nem fornecia equipamentos de proteção individual (EPI). Também não havia água potável – os trabalhadores bebiam água da chuva, armazenada num poço.
Oliveira já concordou em acertar o que deve aos peões e vai desembolsar R$ 28.107,00 em verbas rescisórias. Os trabalhadores estão em Marabá (PA) e devem receber o pagamento amanhã (8). Grande parte deles vem do Estado do Maranhão e os demais são da mesma região no Pará.
Colaborou Iberê Thenório
É fácil falar que escravos foram libertados, comiam caça e bebiam água de chuva. kkkkkk…. Tem gente que não tem noção do que escreve. Séra que eles olham os bezerros que foram dado de presente para os "escravos", as cestas básicas compradas todos os meses.Pelo que eu conheço de Aurélio Anastácio de Oliveira ele sempre foi uma pessoa muito boa,doou muito terreo para quem não tinha condições de comprar, separou áreas para escolas, deu terrenos para igrejas, separou área para criação de praças. Ele é um pioneiro em Marábá que empregou muitas pessoas que passavam fome. Agora vem uma reporter novinha, recem formada,talvez no máximo uns 10 anos escrever uma coisa dessas.Aff.