MST denuncia extração de madeira ilegal no Pará

 14/02/2007

O MST ocupou a sede da Fazenda Peruano, em Eldorado dos Carajás, no Pará, para denunciar a extração ilegal de madeira pelo grileiro Evandro Mutran, nesta quarta-feira (14/02). O fazendeiro também sofre processo por uso de trabalhadores escravo.

"Queremos impedir a continuidade da devastação, um crime ambiental, e a venda ilegal de madeira", disse Maria Raimunda, da direção nacional do MST.

As 450 famílias Sem Terra estão acampadas desde 2004 na área, que tem 12 mil hectares e está em processo de desapropriação pelo Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária)

O MST pede que Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e Iterpa realizem uma inspeção na área para constatar o crime ambiental na fazenda.

Os lavradores cobram também a aceleração do processo de criação do assentamento, que desde o ano passado está parado no Iterpa (Instituto de Terras do Pará). De toda a área da fazenda, metade pertence ao Estado do Pará. A outra parte foi grilada por Evandro Mutran.

"O Incra já terminou o levantamento da área. Agora falta vontade política do governo do Pará e do Iterpa para assentar as famílias", disse Maria Raimunda.

Evandro Mutran foi autuado pelo Ministério do Trabalho em 2001 por utilização de mão-de-obra em condição análoga à escravidão em duas propriedades rurais: a própria Peruano e a fazenda Cabaceiras, em Marabá.

APOIE

A REPÓRTER BRASIL

Sua contribuição permite que a gente continue revelando o que muita gente faz de tudo para esconder

LEIA TAMBÉM