Em três casos conhecidos de morte por conflitos de terra, com cinco mandantes envolvidos, apenas três foram condenados, e nenhum está preso. O caso mais famoso deles ficou conhecido como Massacre de Eldorado de Carajás, em 1996: o coronel Pantoja e o major Almeida, tidos como os que ordenaram os disparos, foram condenados, mas aguardam recurso em liberdade. O segundo caso é o assassinato do sindicalista João Canuto, em 1985, no município de Rio Maria, sul do Pará. O julgamento aconteceu apenas em 2002 e os dois mandantes foram condenados. Entretanto, um deles, o fazendeiro Vantuir Gonçalves de Paula, está foragido e o outro, ex-prefeito de Rio Maria, Adilson Laranjeira, supostamente morreu. A advogada Rosilene, da CPT de Belém, ressalta que há desconfianças de que essa morte seja uma farsa, porque o corpo teria sido enterrado fora do Estado e não há nenhum atestado de óbito. Em 1991, também em Rio Maria, o sindicalista Expedito Ribeiro de Souza foi assassinado a mando de Jerônimo Alves Amorim, que hoje cumpre prisão domiciliar.

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