O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (17), a criação de um grupo de trabalho para avaliar as condições trabalhistas e ambientais na produção de biocombustíveis no país. O objetivo do grupo será garantir que a expansão da produção de cana e de oleaginosas seja acompanhada de melhoria nas condições de trabalho e que o aumento da área cultivada não prejudique o meio ambiente e a produção de alimentos.
A primeira reunião do grupo, intitulado "Bioenergia: Etanol, Bioeletricidade e Biodiesel", vai acontecer no dia 16 de agosto. Como a iniciativa partiu da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o presidente da entidade, Artur Henrique, liderará o grupo. "Há trabalhadores que não têm as mínimas condições de segurança, saúde, transporte. Isso não pode continuar em um país que pretende ser exportador de biocombustíveis. Além disso, não podemos deixar as próprias forças de mercado resolverem questões como essa", afirma.
Apesar do CDES não ter poder para criar leis ou implementá-las, Artur avalia que a discussão é importante e pode gerar propostas que se transformem em portarias ou projetos de lei. "O que nós devemos é discutir com todos os atores sociais envolvidos na cadeia de produção. Isso representa colocar na mesma mesa de reunião trabalhadores, governos e empresários e começar a fazer propostas concretas para construir uma regulamentação".
A criação do grupo de trabalho aconteceu no mesmo dia em que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, anunciou a intenção do governo de impedir o plantio de cana nos biomas amazônico e do Pantanal. De acordo com ele, será criado um mapa das áreas proibidas. As plantações que já existem, contudo, não seriam afetadas pelo mapeamento.
"Conselhão"
O CDES foi criado em 2003, pelo governo Lula, para ser um espaço de diálogo entre líderes do governo, empresários e trabalhadores em torno do desenvolvimento do país. Entre as principais ações do órgão, também conhecido como "Conselhão", estão parte das propostas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Pode até botar ar-condicionado dentro dos canaviais… e nem assim resolverá a questão sócio-ambiental… menos ainda a questao econômico-político-cultural. E´ o modelo que está errado. Tire este modelo feudal-monocultivo-latifindiário e bote o modelo que partilhe a terra, multiplique o pão e energia. Soberania Alimentar e Energética, já!
Conselho?Por que não colocam eles para corta cana e receber o salário pago pelas usinas? Quem sabe não mudariam de posição. Preocupados com o meio ambiente?O que representa os canaviais?E a produção agrícola de subsistência, não será levada em consideração?Lamentável que milhares de trabalhadores sejam jogados a própria sorte para garantir que norte-americanos andem de carro. O que acontecerá quando os usineiros se negarem a vender o álcool ao preço estipulado pelos EUA?Seremos invadidos como o Iraque?Viva o álcool, seu garoto propaganda" Lula" que em nada se preocupa com o povo brasileiro.Será que a história tem sempre que se repetir como farsa. Alguém lebra das consequências do Proalcool.