O fornecimento de minério de ferro a quatro siderúrgicas do Pólo de Carajás foi cortado pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A rescisão imediata dos contratos de comercialização de matéria-prima para as empresas Companhia Siderúrgica do Pará S/A (Cosipar), Ferro Gusa do Maranhão Ltda (Fergumar), Siderúrgica do Maranhão S/A (Simasa) e Usina Siderúrgica de Marabá Ltda (Usimar) foi anunciada em nota divulgada pela Vale nesta quinta-feira (25) e se deu após análise de documentação encaminhada pelas chamadas guseiras referente ao cumprimento das legislações ambiental e trabalhista.
Outras quatro guseiras também correm o risco de ter o fornecimento cortado. Itasider Usina Siderúrgica Itaminas S/A (Itasider), Siderúrgica Ibérica do Pará S/A (Ibérica), Siderúrgica do Maranhão S/A (Viena) e Siderúrgica Marabá S/A (Simara) têm 15 dias, contados a partir desta quinta-feira (25), para apresentar documentos que comprovem que as empresas estão operando integralmente na legalidade.
No dia 22 de agosto, a Vale do Rio Doce anunciara que cortaria o fornecimento de duas guseiras – Cosipar e Usimar – caso elas não compravassem estar em conformidade com a legislação ambiental vigente. Uma semana depois, no dia 28 de agosto, a mineradora solicitou informações e estabeleceu um prazo de 30 dias para avaliar as operações de oito guseiras envolvidas em autuações ou suspeitas de crimes ambientais e trabalhistas.
Questionada pela reportagem sobre quais eram as siderúrgicas que apresentavam problemas ambientais e quais tinham pendências trabalhistas, a assessoria da CVRD não apresentou as distinções de cada caso, mas frisou que o corte só foi feito quando a empresa foi completamente convencida de que as siderúrgicas não cumpriam a legislação. A assessoria da mineradora também não informou qual era o volume de fornecimento de minério de ferro que deixará de ser fornecido com a quebra dos contratos.
Das oito empresas notificadas pela Vale, quatro estão na "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de empregadores flagrados explorando mão-de-obra escravo. São elas: Simasa, Itasider, Viena e Simara. As guseiras foram incluídas nesse cadastro por comprar carvão vegetal de produtores que mantinham trabalhadores em condições análogas à escravidão.
À exceção da mineira Itasider, todas as siderúrgicas que encaminharam documentos à Vale fazem parte do Pólo Carajás, que congrega produtoras de ferro-gusa – matéria-prima para a fabricação do aço – localizadas no Maranhão e no Pará. Grande parte da produção dessas empresas é vendida ao mercado externo, sendo a Vale do Rio Doce a principal responsável pelo fornecimento do minério utilizado por essas usinas.
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A reportagem esqueceu de informar o principal da notícia: o porquê da Vale do Rio Doce fazer isto.
a cvrd vende cerca de 3% do minério para as siderurgicas do pólo de carajás, e mais de 20% para a China, será que esses 3% é que vão destruir o meio-ambiente do planeta.O que vemos em reportagens feitas na China são milhares de pessoas usando mascaras respiratórias devido o ar péssimo para respirar, então porque a CVRD não para de fornecer minério para a CHINA ? Por que essa perseguição com o pólo de carajás que tem contribuído tanto para o crescimento do nosso BRASIL.
Simples, Raylton… Porque o Brasil, apesar de todos os seus males, ainda é um país mais exigente do que a China, onde eles pouco se lixam para o meio ambiente. Concordo que a posição da Vale é dúbia, mas isso não tira a responsabilidade das siderúrgicas, que compram carvão de desmatamento da Amazônia.
A verdade disso tudo é que a vale quer fazer o nome dela ficar bonito na opnião publica internacional em detrimento aos seus clientes, pra quando comprovarem que a dezestização dela foi um feita da forma erra e quiserem desfaze-la, ela se fazer de vitima. só uma correção a matéria, a vale não é a mais importante fornecedora de minério pro polo, é a única (ou seja, monopólio).
Responsabilidade Social ! é o lema da CVRD , que lindo ! responsável com quem ? com o que ? ameaçando deixar muitos desempregados, acabando com a economia do município ? pq é isso que vai acontecer se ela parar de fornecer minério ao polo siderurgico de Açailândia…..repudiamos a ação da CVRD que cobra das siderurgicas aquilo que ela mesmo não consegue comprovar.