Um casal milionário que trouxe duas mulheres indonésias aos Estados Unidos para trabalhar como empregadas domésticas na sua mansão foram condenados na última segunda-feira (17) pela prática de "trabalho escravo contemporâneo" (confira nota de clipping anterior sobre o caso).
Varsha Mahender Sabhnani desabou nos peitos do marido, Mahender Murlidhar Sabhnani, após o anúncio do júri que considerou o casal culpado por 12 crimes federais, entre eles trabalho forçado, conspiração, servidão involuntária e abrigo a estrangeiros em ilegalidade.
Confirmada a condenação, uma das filhas dos Sabhani desmaiou na primeira fila do tribunal. Logo depois, Varsha tentou acudi-la e também desmaiou. As duas foram levadas a um hospital, de onde saíram horas mais tarde.
O veredicto encerrou o julgamento que durou seis semanas sobre agressões e torturas que afligiram as duas vítimas (Enung e Samirah) na elegante mansão dos Sabhnani. As duas mulheres indonésias têm nove e cinco filhos, respectivamente, e vieram para a América em busca de uma vida melhor.
Enung e Samirah disseram ter sido agredidas com vassouras e guarda-chuvas, feridas com facas e até forçadas a ingerir vômito. Declararam também ter sido obrigadas a tomar banho gelado, a dormir no chão e não recebiam alimentação adequada como formas de punição por deslizes nos afazeres domésticos.
Os advogados de defesa do casal alegaram que as duas empregadas inventaram a história para tirar proveitos financeiros. Os dois foram condenados a 40 anos de prisão e a mansão foi confiscada pelo poder público.