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Justiça investiga granja argentina por trabalho escravo de bolivianos

Autoridades argentinas investigam a situação de 30 cidadãos bolivianos, incluindo 20 crianças, em uma granja avícola ao norte de Buenos Aires, onde eram mantidos em trabalho escravo e viviam em condições insalubres, revelou uma fonte judicial nesta quinta-feira. Na quarta, a Justiça fez uma batida na granja avícola "Nuestra Huella" e comprovou que, à noite, a cerca era eletrificada para que ninguém pudesse entrar, nem sair, além de outras aberrações, disse Juan Maraggi, procuradora com jurisdição na localidade de Capilla del Señor. "Pedimos atenção urgente e proteção dos menores, além de garantias físicas e legais para os denunciantes. E estabilidade trabalhista para eles", relatou à AFP o diplomata Sixto Valdez Cueto, da embaixada da Bolívia na Argentina. Valdez Cueto seguiu nesta quinta-feira para os tribunais locais para se inteirar do assunto e comprovar a situação de seus compatriotas. O Instituto Nacional contra a Discriminação e a Xenofobia (Inadi) também pediu uma investigação sobre o delito. O promotor disse que sete famílias trabalhavam na propriedade e que cada uma era responsável por um galpão. Apenas um dos maiores de idade era registrado legalmente. "Em cada galpão, trabalhava, do amanhecer até a noite, todo um grupo familiar, incluindo crianças de cinco a dez anos. Cada família cobrava 800 pesos (250 dólares) por mês", disse o procurador à imprensa. Segundo a investigação, cada família alcançaria uma produção diária média de 11.000 ovos. As famílias moravam em casebres "sem janela, nem ventilação, sem portas entre os cômodos, sem banheiro, e sem camas. Os colchões ficavam direto no chão", afirmou. Uma das vítimas, Oscar Taboada Ortuño, contou a Valdez que a empresa "Nuestra Huella" tem 20 granjas ao todo, que operam de maneira clandestina, com cerca de 200 bolivianos vivendo em condições similares, o que ainda não foi comprovado pela Justiça. Outros casos parecidos foram denunciados nas localidades de Mercedes, 100 km ao noroeste, e de Pilar, 45 km ao norte, disse a Procuradoria.

Autoridades argentinas investigam a situação de 30 cidadãos bolivianos, incluindo 20 crianças, em uma granja avícola ao norte de Buenos Aires, onde eram mantidos em trabalho escravo e viviam em condições insalubres, revelou uma fonte judicial nesta quinta-feira.

Na quarta, a Justiça fez uma batida na granja avícola "Nuestra Huella" e comprovou que, à noite, a cerca era eletrificada para que ninguém pudesse entrar, nem sair, além de outras aberrações, disse Juan Maraggi, procuradora com jurisdição na localidade de Capilla del Señor.

"Pedimos atenção urgente e proteção dos menores, além de garantias físicas e legais para os denunciantes. E estabilidade trabalhista para eles", relatou à AFP o diplomata Sixto Valdez Cueto, da embaixada da Bolívia na Argentina.

Valdez Cueto seguiu nesta quinta-feira para os tribunais locais para se inteirar do assunto e comprovar a situação de seus compatriotas.

O Instituto Nacional contra a Discriminação e a Xenofobia (Inadi) também pediu uma investigação sobre o delito.

O promotor disse que sete famílias trabalhavam na propriedade e que cada uma era responsável por um galpão. Apenas um dos maiores de idade era registrado legalmente.

"Em cada galpão, trabalhava, do amanhecer até a noite, todo um grupo familiar, incluindo crianças de cinco a dez anos. Cada família cobrava 800 pesos (250 dólares) por mês", disse o procurador à imprensa.

Segundo a investigação, cada família alcançaria uma produção diária média de 11.000 ovos.

As famílias moravam em casebres "sem janela, nem ventilação, sem portas entre os cômodos, sem banheiro, e sem camas. Os colchões ficavam direto no chão", afirmou.

Uma das vítimas, Oscar Taboada Ortuño, contou a Valdez que a empresa "Nuestra Huella" tem 20 granjas ao todo, que operam de maneira clandestina, com cerca de 200 bolivianos vivendo em condições similares, o que ainda não foi comprovado pela Justiça.

Outros casos parecidos foram denunciados nas localidades de Mercedes, 100 km ao noroeste, e de Pilar, 45 km ao norte, disse a Procuradoria.


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