Sentença sobre trabalho escravo deve sair dia 28

 18/04/2008

A sentença referente à ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o deputado estadual Marco Barreto (PMN) por manutenção de agricultores rurais em condições análogas à trabalho escravo, deve ser proferida no próximo dia 28. Ontem, mais uma audiência foi realizada em Palmares, comarca à qual está cirscunscrito o município de Água Preta. Em terras desse município está o Engenho Vida Nova, de propriedade da família do parlamentar, onde o MPT constatou as irregularidades que motivaram a ação.

Ontem, mais quatro testemunhas foram ouvidas – três trabalhadores e um autônomo que presta serviço à família de Barreto. Segundo a procuradora do Trabalho Maria Auxiliadora Sá, os depoimentos ratificaram a ocorrência dos maus-tratos relatados na denúncia. "O que tínhamos para fazer, já fizemos", disse ontem a procuradora.

Segundo apurou o MPT, mais de 42 agricultores trabalhavam no engenho em condições subumanas, sem contrato de trabalho e equipamentos de proteção e recebendo salários abaixo do valoracertado. Também foi constatado que a mão-de-obra clandestina era intermediada por um laranja, Antônio Wilson, que já foi ouvido pela Justiça.

O MPT pede como pena uma indenização de R$ 500 mil. O dinheiro será revertido para o FAT.

18/04/2008

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