18 mil contra o trabalho escravo no Mali

 15/07/2008

Pessoas continuam sendo escravizadas no norte do Mali, de acordo com a organização de direitos humanos Temedt, em contraste com a idéia de que a escravidão não existe mais no país africano.

De acordo com a Temedt, que significa solidariedade na linguagem tuaregue Tamasheq, a escravidão continua no norte da região de Gao, a 1,2 mil quilômetros da capital Bamako, e em volta da cidade de Menaka, a 1,5 mil quilômetros da mesma capital.

O suporte ao trabalho da organização está crescendo. A Temedt atua há apenas dois anos e já tem hoje 18 mil membros por oito diferentes regiões do país. Também tem trabalhado com outras organizações de combate à escravidão nas áreas de fronteira com o Niger e a Mauritânia. Um representante da organização considera que esta é a primeira vez que esse tema sensível da continuidade da escravidão está sendo enfrentado de frente pelo país.

Gamer Dicko, jornalista que vive em Bamako e vem de uma família Tamasheq, concorda: "As coisas estão mudando hoje, mas bem devagar. Já existem famílias negras Tamasheq que dizem: ´OK, nossos pais foram escravos, mas nós não somos. Têm orgulho de suas vestimentas e falam a sua própria linguagem."

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