Changemakers

Projeto da Repórter Brasil concorre à premiação internacional

Com um voto simples pela internet, qualquer um pode escolher os três projetos que receberão prêmio de US$ 5 mil, que será concedido a cada uma das iniciativas selecionadas. Repórter Brasil concorre com outros 14 projetos
Por Repórter Brasil
 30/07/2008

O projeto da Repórter Brasil que visa tornar o trabalho escravo um mau negócio é finalista do Desafio Changemakers de combate à escravidão contemporânea, iniciativa da Ashoka, em parceria com a Humans United.

Nesta fase final, a proposta da Repórter Brasil – com base na pesquisa das cadeias produtivas ligadas à mão-de-obra escrava e se desdobra na articulação do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, que reúne empresas comprometidas em cerccear relações comerciais com escravagistas – concorre diretamente com outros 14 projetos de todo mundo, escolhidos por um grupo de especialistas. Foram inscritas 237 propostas de 48 países.

Com um voto simples pela internet no site da Ashoka, qualquer pessoa pode ajudar a escolher os três projetos que receberão prêmio de US$ 5 mil, que será distribuído a cada uma das iniciativas selecionadas. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social são parceiros da Repórter Brasil nessas iniciativas.

Para contribuir com o trabalho desenvolvido pela Repórter Brasil, basta preencher um formulário simples e, na seqüência, escolher a opção "Making slave labor a bad business option/REPORTER BRASIL" – como um dos três projetos indicados. A votação se encerrará no próximo dia 6 de agosto.

Outro projeto do Brasil também concorre à premiação. A organização Resposta pretende convocar o setor privado a adotar boas práticas para a proteção de crianças e adolescentes contra a exploração e tráfico para fins sexuais. A iniciativa busca envolver companhias que atuam no mercado de postos de combustíveis na malha rodoviária brasileira.

Mais sobre o projeto
Em 2003, a Repórter Brasil começou a realizar uma extensa pesquisa para mostrar como mercadorias produzidas com trabalho escravo estavam inseridas na economia brasileira e global. Foram identificados problemas nas cadeias produtivas da pecuária bovina, do carvão vegetal, da soja, do algodão, da madeira, do milho, do feijão, da cana-de-açúcar, entre outras.

Apuradas as informações, empresas brasileiras e multinacionais que apareceram nesse rastreamento foram convidadas a criar mecanismos para evitar fornecedores que utilizaram mão-de-obra escrava. As articulações em torno do tema deram origem ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, que reúne hoje mais de 180 empresas e associações setoriais e consiste no único do gênero em todo o mundo.

Os estudos de cadeia produtiva e o Pacto Nacional tornaram possível o combate à escravidão por meio do seu viés comercial. Com eles, a sociedade como um todo pode atacar quem lucra restringindo a liberdade de outros.

Clique aqui para preencher uma ficha e votar na Repórter Brasil.

Para conferir mais detalhes do projeto da ONG, clique aqui.

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