A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Tocantins (SRTE/TO) divulgou na tarde desta quarta, 20, o resultado das fiscalizações realizadas no primeiro semestre de 2008, durante reunião da Comissão de Colaboração com a Inspeção do Trabalho (CCIT), que tem em sua composição representantes de vários sindicatos patronais e laborais do Estado.
Segundo os dados divulgados, de janeiro a junho de 2008 foram realizadas fiscalizações urbanas e rurais em mais de 30 municípios, da Capital Palmas à pequena Monte Santo. Foram atendidos 26.137 trabalhadores, sendo que 1.535 empregados tiveram a carteira de trabalho assinada. Os setores com maior número de trabalhadores atendidos foram o comércio, a construção, a indústria e serviços de agricultura.
No primeiro semestre também foram realizadas ações de combate ao trabalho escravo, com fiscalização em fazendas nos municípios de Campos Lindos, Goiatins, Cariri e Taipas. Foram libertados 17 trabalhadores.
A SRTE também realizou três operações de combate ao trabalho infantil, sendo que 96 crianças e adolescentes foram encontradas no trabalho informal; cinco foram localizadas no trabalho formal e registradas na ação fiscal (acima de 16 anos) e duas estavam no trabalho formal, porém sem registro.
Segundo o superintende regional do Trabalho e Emprego no Tocantins, Alfredo Branchina, o trabalho de fiscalização é feito com base em planejamento do ano anterior. Este, por sua vez, visa as principais atividades econômicas do Estado, como a agricultura, a construção civil e o comércio.
Especificamente sobre a agricultura, Brachina afirma que irá propor uma parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Tocantins (Faet) para a realização de uma série de palestras junto aos sindicatos rurais, para conscientizar os produtores rurais sobre a importância da legalização dos trabalhadores rurais e os critérios que configuram o trabalho escravo. "Investimento no trabalhador ainda é confundido com um gasto desnecessário", conclui.
20/08/2008